Poéticas contemporâneas


Há no Brasil, hoje, várias poéticas em atividade, algumas complementares, outras adversativas. Não há novidade nisso, houve outros momentos históricos em que poetas de faturas muito distintas produziram poesia e literatura de qualidade. Basta citar um exemplo, ao qual tenho tentado chamar a atenção: nas duas últimas décadas do século XIX, ou, para ser mais preciso, entre 1881 e 1902, estavam em atividade, produzindo, publicando e participando do debate poético no Brasil, os seguintes autores: Machado de Assis, Joaquim de Sousândrade, Cruz e Sousa e Euclides da Cunha, sem mencionarmos o caso de Qorpo-Santo. No entanto, a engessada e engessante historiografia literária brasileira separa cada um destes autores em movimentos estanques e sucessivos, gerando esta mentalidade porca de “rei morto, rei posto”, transformando o importante trabalho da crítica em mera genealogia de hegemonias. Ou, nas palavras de Dirceu Villa, trata-se também da necessidade falsa de “reforçar o lado folclórico e típico para estabelecer o `nacional´”. Assim, um momento rico em pluralidades frutíferas acaba nivelado em suas diferenças ou, muitas vezes, reduzido a uma batalha entre apenas duas “tendências”, no frequente debate dualista que presenciamos no Brasil, praticado ainda hoje em São Paulo, por exemplo. Perdemos assim a riqueza em debate da poesia do fim do século XIX, perdemos as lições críticas da poesia de nossa modernidade em favor do estudo unívoco da poesia de nosso modernismo, ou, num caso mais recente, perdemos a pluralidade da poesia brasileira da década de 50, por seguirmos dando atenção às trincheiras que aqueles poetas inventaram para si, mesmo depois da morte de alguns deles. Toda nova geração de poetas deveria ignorar as trincheiras de seus predecessores e buscar em suas obras aquilo que mantém sua função em nosso contexto, com um estudo crítico de seu trabalho formal, sem necessariamente ignorar as implicações deste.

Nada há de sincrônico em criar apenas uma oposição fictícia entre dois lados, forçada por meio de dicotomias. As poéticas comunicam-se através dos séculos, das geografias e das línguas, porque herdamos estruturas com as quais aprendemos, assim como herdamos estruturas que desejamos combater. Gostaria de pensar em algumas poéticas brasileiras contemporâneas, buscando esta comunicação com poéticas de outros lugares e tempos, entendendo, no entanto, como estas funcionam hoje e em cada um de seus momentos históricos.

Publiquei aqui neste espaço (na revista Modo de Usar & Co.), há duas semanas, traduções minhas para poemas da norte-americana Harryette Mullen, nascida em 1953 no estado do Alabama. A poeta é frequentemente associada aos que gosto de chamar de “poetas-linguistas”, reunidos em torno da revista L=A=N=G=U=A=G=E (1978 – 1981), entre outras. Harryette Mullen tem produzido uma poesia de grande qualidade, questionando aspectos da vida e cultura norte-americanas, como o racismo e machismo daquela sociedade, sem recorrer a discursos de palanque. Como sabemos, o poema opera na fronteira entre transparência e não-transparência do signo, e nos grandes poetas há a conjunção entre as funções da linguagem, já que Jakobson nos alertou que a poeticidade não oblitera necessariamente a referencialidade, a não ser em trabalhos em que se busca isso de forma específica, como na poesia fonética de Hugo Ball, no zaum de Velimir Khlébnikov e outras pesquisas da poesia sonora e visual, como a de Henri Chopin, suprimindo conscientemente o que chamaríamos de verbal, se recorremos ao conceito de verbivocovisual. Gosto muito, no entanto, de lembrar-me da passagem em que Ezra Pound discute um poema de Arnaut Daniel, descrevendo a sofisticação formal do texto, com sua incrível estrutura sonora, para então dizer “E tudo isso sem deixar de fazer sentido!”.

Publiquei três traduções para poemas de Harryette Mullen, mas gostaria de conversar sobre um texto específico, para então chegar a alguns poemas contemporâneos brasileiros. Trata-se de um texto do livro Muse & Drudge (1995), pelo qual tenho especial apreço.

[go on sister sing your song] Harryette Mullen

go on sister sing your song

lady redbone señora rubia

took all day long

shampooing her nubia
.

she gets to the getting place

without or with him

must I holler when

you’re giving me rhythm

.

members don’t get weary

add some practice to your theory

she wants to know is it a men thing

or a him thing

.

wishing him luck

she gave him lemons to suck

told him please dear

improve your embouchure

.
O texto parece-nos muito próximo, como brasileiros, por certas pesquisas do nosso modernismo e de poetas do pós-guerra. Ele opera através de uma encenação da naturalidade do enunciado oral, recorrendo, no entanto, a artifícios poéticos e literários, como nas rimas incomuns. Verti o poema da seguinte maneira:

.

vamos lá mana cante a canção
(tradução de Ricardo Domeneck)
vamos lá mana cante a canção

blond miss dona rubrosa

passou a manhã toda

ensaboando seu sudão
.

ela chega à linha de chegada

sozinha ou consigo

hei de esgoelar enquanto

você me dá o ritmo

.

não se canse diretoria

dê prática à sua teoria

ela pergunta se é coisa de homem

ou coisa de pronome
.


desejando a ele sorte

deu-lhe os limões que chupa

disse-lhe benzinho ao cangote

melhore sua embocadura

No contexto norte-americano, por sua linguagem muitas vezes gnômica, conjugando escrita e oralidade, concisão do que jorra como enunciado lírico comprimido, mas articulado, penso em ligações possíveis a certos aspectos da poesia de Emily Dickinson e, principalmente, de Lorine Niedecker. No entanto, esta prática poética remete também, nas tradições múltiplas, aos autores medievais das fatras e fatrasies, como Watriquet Brassennel de Couvin e Jean Molinet.

.

Fatras
Watriquet Brassennel de Couvin


Doucement me réconforte

Celle qui mon cœur a pris.

Doucement me réconforte

Une chatte à moitié morte

Qui chante tous les jeudis

Une alléluia si forte

Que les clençhes de nos portes

Dirent que leur est lundi,

S’en fut un loup si hardi

Qu’il alla, malgré sa sorte,

Tuer Dieu en paradis,

Et dit : « Copain, je t’apporte

Celle qui mon cœur a pris. »

.
No contexto brasileiro, podemos pensar na poesia satírica de Gregório de Matos (1636 – 1696), mas também no trabalho fenomenal do poeta satírico brasileiro conhecido como Sapateiro Silva, ativo no início do século XIX, que nos deixou textos brilhantes, ainda hoje negligenciados pela maior parte da historiografia literária brasileira.

Excerto de uma das glosas do Sapateiro Silva (fim do XVIII – início do XIX)
MOTE

Sábado fez quinta-feira,

Domingo fez três semanas,

Que pariu a porca um burro,

Mas com vinte e cinco mamas.

GLOSA

I

Sebo de grilo em cardume

Dizem de ser de boa medra;

Sabão mole feito em pedra

é um galante perfume.

Não é má para betume

A raiz da escorcioneira;

A galinha na popeira

Põe os ovos na malhada;

Lá na semana passada

Sábado fez quinta-feira.

II

Arroz de nabo e cominhos

Serve de emplastro à espinhela,

Pimenta, cravo, e canela,

De lambedor de carinhos.

Cantochão de Barbadinhos

Faz árias italianas;

Criam misérias humanas

Um, e dous, e argolinha;

Inda há pouco na folhinha

Domingo fez três semanas.

.
Podemos remeter esta poética ainda a autores alemães como Heinrich Heine em suas Lieder e o Christian Morgenstern do volume Galgenlieder (1905), assim como, principalmente, a um poeta dadaísta como Hans Arp. Vejamos um poema de Arp:

Opus Zero
.
.
Eu sou o Grão-Istoaquilo

O rigoroso regimento

O oxigenoma Sine Qua Non

O anônimo 1%

O P.P.Tit. e dito cu

Culatra sem boca e buraco

O honorável talhercúleo

Capa nova em velho cardápio

Eu sou o pífio vitalício

O Sr. Dezembro em dúzia

O colecionável Filatelo

Em verniz vinil e fúcsia

O desabrochável semigual

O honoris causa Dr. Ômega

O brancomo berço d´ouro

O paparazzível Domine
.

:::: Tradução minha, publicada originalmente na Modo de Usar & Co. impressa, número 1, para o poema “Opus Null”: Ich bin der grosse Derdiedas / Das rigorose Regiment / Der Ozonstengel prima Qua / Der anonyme Einprozent. // Das P. P. Tit und auch die Po / Posaune ohne Mund und Loch / Das große Herkulesgeschirr / Der linke Fuß vom rechten Koch. // Ich bin der lange Lebenslang / Der zwölfte Sinn im Eierstock / Der insgesamte Augustin / Im lichten Zelluloserock. // Der aufgekappte Ohnegleich / Der garantierte Herr Herrje / Die edelweisse Wohlgeburt / Der vielgennante Domine. :::::::::

Buscando paralelos na poesia brasileira, não creio que os encontremos em modernistas como Oswald de Andrade, a não ser em “Cântico dos cânticos para flauta e violão” (1945), muito menos entre os poetas do Grupo do Mimeógrafo ou outros da década de 70, com algumas exceções, como Chacal, Isabel Câmara e os estranhos-no-ninho Zuca Sardan e Sebastião Nunes. Este trabalho fronteiriço entre a naturalidade do enunciado oral e o artifício poético surge, por exemplo, no já mencionado trabalho de Gregório de Matos, mas também em Joaquim de Sousândrade, especialmente no famoso “O Inferno de Wall Street”, um dos poemas importantes de nossa modernidade:

Excerto de “O Inferno de Wall Street”
Joaquim de Sousândrade

(Desconsolados agiotas e comendadores:)

.

– De uns arrotos do demo,

No revira se haver…

– Venha a nós papelório

Do empório,

E de Congo o saber.(Damas da nobreza:)

.

– Não precisa prendê

quem tem pretos p´herdá

e escrivão p´escrevê;

Basta tê

Burra d´ouro e casá.
.

(Escravos açoitando de milagrosas imagens:)
.

Só já são senhozinhos

Netos d´imperadô:

Tudo preto tá forro;

Cachorro

Tudo branco ficou!

(GEORGE e PEDRO, liberdade-libertinagem:)


.
– Tendo nós cofres públicos,

Livre-se a escravidão!

Comam ratos aos gatos!

Pilatus

Disse, lavando a mão.

.

Entre poetas portugueses, penso em alguém como nosso contemporâneo Alberto Pimenta, ou no excelente Fernando Assis Pacheco, infelizmente já morto, mas que nos deixou bela obra em que o riso, com um comovente humor auto-depreciativo, faz-nos sorrir mas nervosos, como insinuando que o espelho é o maior sátiro:

Segundo balcão dos bombeiros
Fernando Assis Pacheco
.

Nesse tempo eu já lera as Brontë mas

como era um adolescente retardado

passava a noite em atrozes dilemas

que mais vale: amar, ser doutrem amado?

ainda não descobrira o simples disto

nem o essencial disto que é tão claro

se tudo no amor vem do imprevisto

deitar regras ao jogo pode sair caro

por isso eu amo e sou ou não benquisto

depende do instante bem ou mal azado

amor tem alegria, tem enfaro

o happy end é coisa dos cinemas

No pós-guerra brasileiro, encontraríamos algo desta poética em textos de Duda Machado (penso, p. ex., em “Urubu-abaixo”) e também em Antônio Risério, como podemos ler neste excerto de Aviso à praça: “Bobagem. Nenhum capitalismo é selvagem. / Puta não é cadela. Nem a vida, feroz. / O homem é o homem do homem. / Todos juntos e a uma só voz. // Humana é a sala de tortura / a napalm, a navalha, a metralha no gueto / – a pele esfolada no porão. / Humana, humaníssima, a escravidão. // Humano é o arame farpado / O estripador branco, o estuprador preto / Carandiru, Somália, Khmer, Bopal / O massacre na Praça da Paz Celestial.” Outro poeta que recorre fortemente a algumas destas técnicas é Paulo Leminski. Como em Harryette Mullen, há neles uma confluência entre as técnicas do literário e as práticas do improviso vocal dos poetas do jazz ou, no caso de Risério e Leminski, os poetas vocais do samba e de outras vias da música popular brasileira.

.

[um homem com uma dor] Paulo Leminski

.
um homem com uma dor

é muito mais elegante

caminha assim de lado

como se chegando atrasado

andasse mais adiante
.
carrega o peso da dor

como se portasse medalhas

uma coroa um milhão de dólares

ou coisa que os valha
.


ópios édens analgésicos

não me toquem nessa dor

ela é tudo que me sobra

sofrer vai ser minha última obra

.

Na poesia contemporânea deste novo século, tais técnicas comparecem em poemas de vários autores. Em Dirceu Villa podemos encontrar um belo exemplo, poeta que tem recorrido a certas técnicas que o ligam a algumas práticas de Sousândrade, entre outros, usando sua funcionalidade para o contexto contemporâneo brasileiro, em poemas como “Angst Brazileira I” ou neste texto:

Pontos-de-fuga do século XX
Dirceu Villa
.

Era Yeltsin

Em 1995, parecendo uma caricatura

De Russo frente às câmeras do Western

Americano, que pensava: “É nisso

Que dá o Comunismo”.

.

O que Hobsbawn chamou

“Capitalismo de Estado”: onde

Deus & Mammon dão lugar

Aos Canalhas do Partido: tudo

Em maiúsculas, ou uniforme militar.
.

:::: poema do livro Icterofagia (São Paulo: Hedra, 2008) ::::

.
Também encontramos isso nos melhores poemas do paraense Gabriel Beckman, ainda inédito em livro, como neste “Outro rosto”, que publicamos no segundo número impresso da Modo de Usar & Co. (Rio de Janeiro: Berinjela, 2009):

Outro rosto
Gabriel Beckman

o de chet baker by avedon:.
máscara daimônica

superfície saturada de traços

subsentidos do tipo

abyssus abyssum invocat
.


resumo do estrago:

trama de textos

numa fórmula-nosferatu:

palimpsesto
.


se você lê o longe no perto:

rastros de céu e inferno

.

como se dissesse

ok mon semblabe

escolhe o rasgo

que eu solo a fábula

Poderíamos mencionar muitos exemplos, em poetas de idades e residências estaduais distintas. Pádua Fernandes, em seu livro Cinco lugares da fúria (São Paulo: Hedra, 2008), recorre a algo disso em poemas como “o mesmo lado”: “lavemos a louca / não porque ela é suja / e vive sem roupa, / se mostra na rua // e ninguém percebe / no curto vestido / onde finda a pele / e começa o fio; / a louca lavemos, / joguemos na água, / que ela tome os remos / porém não a barca”. O gaúcho Marcus Fabiano Gonçalves usa-o em “Oração do favelado”:

Oração do favelado
Marcus Fabiano Gonçalves

pai nosso

que nos deixa ao léu

santificada seja a nossa fome

venha a nós o vosso treino

e seja feita a vossa vontade

aqui na guerra

como entre os réus

.

o pão nosso de cada dia

roubai hoje

e perdoai a nossa imprensa

assim como perdoamos

as migalhas que nos têm oferecido,

não nos deixeis cair na transação

mas livrai-nos do sistema penal,

amém.
.

:::: do livro O resmundo das calavras (Porto Alegre: WS Editor, 2005) ::::

Isso tem comparecido também em poemas de autores muito jovens, como o carioca Gregorio Duvivier:

Safo de Lesbos
Gregorio Duvivier

seu contorno noturno me transtorna

a pele morna sob a carne mansa

mais macia do que o manto-pêlo

do que o mar na coxa sua língua roxa

inverna mil calores seu biquíni

mini me maltrata mil me estorva

e turva feito burca no calor do rio

mazurca na sanfona odes negras

no baião és foda e fazes falta

nessa terra pouco firme em que você

se vivesse cantaria mpb
.

::::: publicado no segundo número impresso da Modo de Usar & Co. (Rio de Janeiro: Berinjela, 2009) ::::::
.

No entanto, poucos poetas têm feito desta prática, de forma tão clara e insistente quanto Angélica Freitas, uma de suas especialidades. Se alguns poemas de Rilke shake têm permitido aos desleitores uma aproximação questionável entre o trabalho desta e o de poetas dos mimeógrafos da década de 70, em minha opinião Angélica Freitas supera muitos deles em qualidade de escrita, em vários aspectos, como em “às vezes nos reveses”, “rito de passagem” ou em seu conhecido “Rilke shake”, que dá título a sua primeira coletânea. Angélica Freitas e alguns dos poetas aqui mencionados recorrem a práticas que os ligam a uma possível família poética, a sincrônica e sincrética em que poderíamos incluir Marco Valério Marcial, Watriquet Brassennel de Couvin, Heinrich Heine, Tristan Corbière, Hans Arp, Paulo Leminski e Harryette Mullen. Não são poetas interessados em “fundar escola”. Exercem uma das muitas funções que poetas vêm exercendo ao longo dos milênios, entre as tantas.

rilke shake
Angélica Freitas


salta um rilke shake

com amor & ovomaltine

quando passo a noite insone

e não há nada que ilumine

eu peço um rilke shake

e como um toasted blake

sunny side para cima

quanto estou triste

& sozinha enquanto

o amor não cega

bebo um rilke shake

e roço um toasted blake

na epiderme da manteiga

nada bate um rilke shake

no quesito anti-heartache

nada supera a batida

de um rilke com sorvete

por mais que você se deite

se deleite ou se divirta

tem noites que a lua é fraca

as estrelas somem no piche

e aí quando não há cigarro

não há cerveja que preste

eu peço um rilke shake

engulo um toasted blake

e danço que nem dervixe
.

:::: do livro Rilke shake (São Paulo: Cosac Naify, 2007) :::::

.

Isso não significa que esta poética seja a única no Brasil. Já silenciamos, por séculos, a poesia satírica de Gregório de Matos, do excelente Sapateiro Silva e o trabalho inclassificável de Qorpo-Santo. Precisamos nos livrar desta necessidade provinciana de eleger um “Poeta nacional”, quando na verdade precisamos de “poetas no Brasil”. Também teríamos mais prazer com a poesia e mais leitores, se percebêssemos que o trabalho poético tem muitas funções distintas e não precisa ser tão-somente órfico. Especialmente quando se trata das veleidades órficas de alguns poetas brasileiros contemporâneos, poetas que, do Hades, tudo o que conhecem parece ser um cartão postal.

– Ricardo Domeneck assina e assume a responsabilidade.

.

Ricardo Domeneck nasceu em Bebedouro, São Paulo, em 1977. Ainda não morreu. Lançou as coletâneas de poemas Carta aos anfíbios (Rio de Janeiro: Bem-Te-Vi, 2005), a cadela sem Logos (São Paulo: Cosac Naify, 2007), Sons: Arranjo: Garganta (São Paulo: Cosac Naify, 2009) e Cigarros na cama (Rio de Janeiro: Berinjela, 2011). Seu novo livro, intitulado Ciclo do amante substituível, será lançado pela editora carioca 7Letras em janeiro de 2012. É coeditor das revistas Modo de Usar & Co. e Hilda. Fez leituras de seus poemas em cidades como Buenos Aires, Cidade do México, Bruxelas, Barcelona, Liubliana e Dubai, entre outras. Trabalha com vídeo e a fronteira textual entre o oral e o escrito, apresentando este trabalho em galerias e museus como o Museo Reina Sofía de Madri, o Espai d´Art Contemporani de Castelló-Valência e o deSingel International Arts Campus de Antuérpia, entre outros. Traduziu para o português poemas de Hans Arp, Friederike Mayröcker, Pierre Albert-Birot, Jack Spicer, Frank O´Hara, Harryette Mullen, Rosmarie Waldrop, Ezequiel Zaidenwerg, Sandra Santana, Eduard Escoffet. Vive trabalha desde 2002 em Berlim, Alemanha. E-mail: ricardo.domeneck@gmail.com

Links:
http://ricardo-domeneck.blogspot.com/
http://www.youtube.com/ricardodomeneck
http://revistamododeusar.blogspot.com/
http://hildamagazine.com/




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