Um bar seria um lugar de literatura? Sim! Não necessariamente um lugar em que se produz literatura. Não um lugar onde os escritores sentam para escrever seus textos literários, poéticos, acadêmicos ou quaisquer que sejam. Mas lugares aonde a ampla literatura circula. O Bar do Tito na interiorana cidade paranaense de Ponta Grossa, como tantos outros pelos “brasis”, produz este laboratório diário de diversas leituras.

Chamaria então de: lugares de confluência. Sim, lugares onde a experiência humana se verbaliza, onde se colhe personagens, tornando-se literatura, ou não. O curta, que ilustra bem este lugar ‘sagrado’ – sim, porque não? – sacraliza esta atmosfera de ritos e tradições alimentadas por gerações de escritores, ou não. Ali se produz o lido, da lida, da troca, ou não se produz nada, apenas é lido depois dali. Conheço o Tito? Não, acreditam? Sou mineiro, não fui à Ponta Grossa ainda, ela veio até mim, especialmente o Tito, nas palavras do meu amigo André Rosa. Construí a imagem do Tito através de suas inúmeras narrativas; imagem de um espaço de ‘leitura’ que foi ilustrada de maneira tão ampla neste curta de dar água na boca.

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Milton Fernandes é poeta e designer de livros. Sócio proprietário da Brumf Design Editorial. É autor do livro de poemas “Gotas” (Crisálida, 2011). Site: www.miltonfernandes.com E-mail: milton.fernandesign@gmail.com

    Jeferson é carioca radicado em Porto Alegre. Atualmente é doutorando em teoria literária na PUCRS. Estreou na literatura com o romance O beijo na parede (2013), eleito o livro do ano pela Associação Gaúcha de Escritores. Teve textos adaptados para o teatro e contos traduzidos para o inglês e o espanhol. É autor […]

Paulo Petronilio é formado em Letras e Filosofia. Mestre em Literatura brasileira (UFSC). Mestre em Educação (UFSC). Doutor pela UFRGS. Pesquisa escritas pretas, diáspora e decolonialidade. Transita entre Literatura e Filosofia. Autor do livro “Performances na encruzilhada”, resultado da sua Tese de Doutoramento defendida em 2009. É autor de “Pedagogia Trágica: um pensar humano demasiado […]

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