A dignidade e a honradez de propósitos não são passíveis de negociação


Meu caro Edson

Recebi a notícia do próximo término da MUSA RARA e, na verdade, fico consternado.  Ainda que perceba perfeitamente e concorde que são lídimas as razões que aduz, encaro com tristeza o futuro desaparecimento de mais este espaço cultural.

Na verdade, num tempo em que um certo negrume da parte de instituições visa acorrentar o ser humano a novas prepotências e, pior ainda, em que novos e perigosos abusos partem frequentemente das mais altas instâncias do Estado, os espaços como a MUSA RARA são um lugar onde a salubridade e a limpeza da cultura viva pode constituir o contraponto fecundo e a oposição a esses ordálios que se acumulam contra a convivência de qualidade de pessoas apostadas num recto pensar e agir.

A dignidade e a honradez de propósitos não são passíveis de negociação. A Cultura viva e autêntica não pode ser tomada como um exigência incómoda e indevida, mas sim como uma naturalidade de seres livres num mundo onde a honestidade seja a regra.

O abraço cordialíssimo e de apreço do seu
nicolau saião



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