Vender Literatura é muito difícil


……………….Eduardo Lacerda: “Vender Literatura é muito difícil”

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Não é nada fácil vender Literatura no Brasil. A constatação é do jovem poeta e editor Eduardo Lacerda. Um dos editores da Patuá, editora paulista, Lacerda recebe cerca de 100 originais por mês. Em dois anos de atividades, a editora já publicou cerca de 90 autores, sendo que 70% do catálogo é de poesia. Para Lacerda, os próprios autores também são responsáveis pelas dificuldades em se vender literatura.  “O desejo de publicação – publicação em qualquer lugar, com qualquer qualidade – é muito maior do que o desejo de se estabelecer um diálogo com outros escritores e com a própria editora. É muito maior o desejo de publicar do que o desejo de ler. E eu acho estranho”, avalia. A lógica de Eduardo Lacerda é perfeita: “Se os autores de poesia também fossem leitores de poesia, então poesia não daria prejuízo”. A Patuá já lançou os paraibanos Linaldo Guedes e André Ricardo Aguiar e lança, ainda este mês, Antônio Mariano.

Poeta, Eduardo Lacerda é autor de “Outro dia da folia”, obra que deverá ser lançada brevemente em João Pessoa. Em 2011 o projeto do livro, que ainda não estava finalizado, foi premiado pelo ProAC. “Com o prêmio foi possível a edição de uma tiragem de 1.100 exemplares, algo quase inimaginável nos dias de baixas tiragens”, conta. E qual é a poética de Eduardo Lacerda? “Sobre os poemas, eu realmente não sei o julgamento que deveria fazer. Qual julgamento de um poeta é válido sobre seu próprio trabalho? Sei que existem alguns poemas ali que são acima da média. Mas quem não faz coisas acima da média de vez em quando? Há outros poemas que considero ruins e falhos. Eu ainda estou me permitindo errar. Eu gosto do erro, da experiência, do ridículo”. Confira a entrevista e em seguida alguns poemas de Eduardo Lacerda.

 

REPORTERPB – Livros são amuletos?

Eduardo Lacerda – Muitas pessoas questionam se a ideia de livros como amuletos, uma espécie de slogan que criamos com a simbologia do nome Patuá, significaria que acreditamos que os livros nos protegem. Acho que livros-amuletos são mais nossa crença e forma de enfrentamento, de embate. Não é proteção, é luta mesmo. Mas, como escreveu o poeta Carlos Drummond de Andrade, no poema O Lutador: “Lutar com palavras / é a luta mais vã. / Entanto lutamos / mal rompe a manhã. / São muitas, eu pouco. // (…) // Palavra, palavra / (digo exasperado), / se me desafias, / aceito o combate. (…). É um bom combate. É uma luta pela literatura.

Você é um dos editores da Patuá, uma editora pequena, mas que em pouco tempo de atividades já conseguiu lançar vários livros e alcançar uma boa credibilidade junto ao público e a crítica. Como surgiu a idéia de criar a editora e qual balanço que se pode fazer das atividades da Patuá até agora?

Em dois anos de atividades já publicamos cerca de 90 autores, sendo que 70% de nosso catálogo é de poesia. Para 2013, planejamos a edição de mais 90 títulos, dobrando nosso catálogo de livros. Recentemente recebemos um prêmio ProAC – Programa de Ação Cultural da Secretaria de Estado da Cultura do Governo de São Paulo. O prêmio permitirá a publicação de 12 livros de 12 autores inéditos, com uma tiragem de 1.500 exemplares, totalizando 18000 livros impressos. O melhor desse prêmio é que 20% da tiragem é destinada gratuitamente às bibliotecas públicas do Estado de São Paulo.

A Patuá foi criada por mim e pela poeta e editora Aline Rocha. Nossa intenção e objetivo foi a de criar uma editora que pudesse trabalhar autores jovens e estreantes, mas com uma qualidade de grandes editoras. Acho, pelos números que apresentei, que temos conseguido isso.

A Patuá tem lançado bons títulos, à despeito de ser uma editora pequena. Como é investir em um mercado polarizado por grandes editoras que investem muito em best-sellers?

A maior dificuldade da Editora Patuá ainda é financeira. Vender literatura é muito difícil. E eu acho estranho que seja difícil. Recebemos cerca de 100 originais por mês, mas apenas uma pequena parte das pessoas que nos procuram conhecem a editora. O desejo de publicação – publicação em qualquer lugar, com qualquer qualidade – é muito maior do que o desejo de se estabelecer um diálogo com outros escritores e com a própria editora. É muito maior o desejo de publicar do que o desejo de ler. E eu acho estranho. Eu gosto de ler poesia, de todos os autores, de todas as editoras. E admiro quem gosta de ler também.

Eu devo muito aos nossos autores que também são leitores. E leitores de poesia, principalmente. Sem a ajuda deles, seja participando dos lançamentos, seja comprando livros, seja mesmo apenas nos ajudando com a divulgação, nós não teríamos chegado até aqui. Então, que pelo menos os que se consideram escritores, também sejam leitores. Não trabalhamos com o best-seller, mas não publicamos livros para ninguém. Nós esperamos encontrar leitores.

Quais são os critérios na escolha dos títulos que são lançados pela editora?

Existem diversos critérios para a escolha do que será editado pela Patuá. Esses critérios nem sempre são muito objetivos. Inicialmente, por exemplo, só poderíamos publicar autores de São Paulo (seu livro Metáforas para um duelo no sertão foi o primeiro título publicado em outro estado). Isso mudou após nosso primeiro ano de atividades, já que hoje podemos escolher editar autores de todo o país. E estamos dando preferência, inclusive, para autores do norte e nordeste. Só da Paraíba já são 4 autores.

E a qualidade dos livros é sempre o principal critério. Mas a qualidade pode ser algo muito subjetivo, não pode? Eu acredito que sim. A poesia contemporânea é marcada por diversas tendências e vozes que convivem – quase sempre – pacificamente. E viver em paz também não significa ser passivo. Como disse, nossos amuletos são formas de enfrentamento.

Também damos preferência aos que se interessam pela editora como uma proposta e projeto literário mais do que como plataforma para a publicação. Autores que se aproximam da editora, que freqüentam os lançamentos, que participam do debate, acho que temos uma tendência maior a publicá-los também. É uma coisa importante para a editora.

Por fim, nunca queremos perder a intenção de ser, além de tudo, uma editora que dá espaço para autores jovens e estreantes. Recebemos muitos livros de pessoas importantes nos últimos meses: jornalistas, autores premiados, editores, mas publicar um garoto ou garota que escreveu o primeiro livro e está vivendo intensamente a poesia, esse é um dos nossos maiores objetivos e critérios. É um critério dar espaço para os jovens autores.

Como é o trabalho de distribuição das obras lançadas?

Muitos autores desconhecem o sistema de distribuição brasileiro, isto é, como trabalham as grandes livrarias. As livrarias, em geral, cobram um desconto de 50% do preço de capa de um livro. Ou seja, de um livro com preço de venda em média de R$ 30,00, as editoras recebem apenas R$ 15,00. Para a Patuá, o custo de produção de um livro já é quase nesse valor, pois pagamos, em apenas 100 exemplares impressos inicialmente, os custos com registros, ilustração, diagramação, projeto gráfico, revisão, edição, impressão, além dos custos fixos de uma empresa, com água, luz, telefone, contador, impostos, taxas etc. Então criamos um modelo de distribuição que consiste em vendas diretas nos lançamentos, vendas diretas ao autor (com desconto) e vendas diretas através de nosso site. Após os 100 primeiros exemplares, nós então trabalhamos com a venda em livrarias. Mesmo assim, estamos sujeitos aos descontos abusivos, um prazo de pagamento de 60 dias após a entrega dos livros, frete por nossa conta, além de outras condições comerciais injustas.

Não consigo pensar em mudar o cenário de distribuição de livros sem uma reestruturação de como funcionam as livrarias. Que não são mais livrarias, mas megastores preocupadas unicamente com a venda do maior número de produtos possíveis.

Mas acho que a culpa também é dos leitores – ou da falta de leitores – do Brasil. O custo de produção de um livro com uma tiragem de 1500 exemplares é de menos de R$ 4.00 por exemplar. Se fosse vendido a R$ 12.00 e dividido em 3 partes – produção, editora e autor – todos na cadeia poderiam ganhar. Mesmo se vendido a R$ 16.00 e incluindo a livraria. Mas onde encontrar mercado para a venda de 1500 exemplares de qualquer livro de qualidade? A conta não fecha. Como as editoras sabem que só venderão menos de 500 exemplares, colocam o preço do livro três vezes mais caro do que deveria custar. E estão certas. Essa história de que livro mais barato vende mais é bobagem, não vende mais a ponto de justificar preços mais baixos. E quem quer correr o risco? Aqui na Patuá nós trabalhamos com tiragens de apenas 100 exemplares, então nossos custos já são bem mais altos, mas tentamos manter os preços de nossos livros abaixo da média.

Mas acho que fugi um pouco da pergunta ou da resposta até para chegar mais próximo de uma resposta exata. A Patuá busca maneiras alternativas de distribuição, mas também procura, de forma não prejudicial ao nosso negócio, se integrar aos modelos tradicionais de distribuição.

Investir em poesia dá prejuízo, como alegam a maioria das editoras?

Não. O que dá prejuízo é vender poucos livros de poesia. Se os autores de poesia também fossem leitores de poesia, então poesia não daria prejuízo. Mas o que acontece é que a história recente da poesia está repleta de exemplos de pessoas que arriscaram. Há uma forma de resistência nesses poetas que nos precederam. Fazer poesia, editar poesia, é uma forma de resistência. E nós estamos dando continuidade a isso. Prejuízo é não fazer nada. Nós estamos fazendo, então estamos lucrando (o que não significa, quase sempre, lucrando dinheiro).

A Patuá participa, também, de feiras e eventos literários?

Nós começamos há dois anos e já participamos da programação da Off-Flip e de alguns outros eventos literários. Não participamos ainda de feiras, pois elas exigem alguma estrutura da qual ainda não dispomos, mas provavelmente em 2014 começaremos a participar de forma alternativa dessas feiras.

Pretendemos também criar algum evento relacionado com as atividades da editora. Virá algo muito bom em breve!

A editora tem lançado autores paraibanos também, como André Ricardo Aguiar e Antônio Mariano. Como é este intercâmbio com autores que atuam longe das cercanias paulistas?

Há um discurso corrente que todos os autores ‘fora do eixo’ rj-sp são excluídos de eventos, encontros, antologias etc. Acho que os espaços realmente são poucos, mas se pensarmos apenas na Paraíba, poderia citar o seu nome, nomes como os que você citou, mas também uma pessoa como Lau Siqueira, um dos mais importantes poetas do país, ou também mais jovens, como o Bruno Gaudêncio, por exemplo. É possível sentir a importância desse cenário. Eu me interesso muito por conhecer a literatura que está sendo produzida em todo o país, então estou sempre em contato com diversos autores de todos os lugares possíveis. Tenho um gosto especial, hoje, por poder editar livros de autores que não encontrariam espaço em outras editoras, não apenas por serem desconhecidos, mas também pelo afastamento geográfico.

Você também é poeta, autor do livro “Outro dia de folia”, que deve ser lançado, inclusive, aqui na Paraíba. Fale um pouco sobre essa obra.

Meu livro de poemas Outro dia de folia, que é meu livro de estreia, foi escrito de 2001, quando entrei no curso de Letras da USP, até 2012. Em 2011 o projeto do livro, que ainda não estava finalizado, foi premiado pelo ProAC. Com o prêmio foi possível a edição de uma tiragem de 1100 exemplares, algo quase inimaginável nos dias de baixas tiragens. Também pudemos, a editora – que também é minha – e eu, realizar uma edição de luxo, com capa dura. Como objeto, é um livro livro.

Agora, sobre os poemas, eu realmente não sei o julgamento que deveria fazer. Qual julgamento de um poeta é válido sobre seu próprio trabalho? Sei que existem alguns poemas ali que são acima da média. Mas quem não faz coisas acima da média de vez em quando? Há outros poemas que considero ruins e falhos. Eu ainda estou me permitindo errar. Eu gosto do erro, da experiência, do ridículo.

Em geral, eu acho que é um bom livro. Mas bom, como dizer que algo nosso é bom sem cair na pretensão? Acho que se eu não conseguir ser meu melhor leitor, então é melhor desistir. Eu gosto dos meus poemas, fico feliz que eles existam, sinto prazer na leitura deles, sinto vergonha na leitura deles. Eles são a minha vida, também.

Como você definiria sua poesia e como tem sido à receptividade ao seu trabalho como poeta, junto à crítica literária?

Não houve, até o momento, nenhuma receptividade da crítica especializada (aliás, ela existe realmente?). Tive generosas leituras de alguns amigos, preferi incluir essas leituras no fim do livro, mais como forma de integrar a experiência pessoal de relação com essas pessoas do que como fortuna crítica – não esperava nenhum elogio – da obra. Meu livro, embora carregado de uma certa melancolia, é uma festa. E toda festa precisa de convidados.

Você diz que não se considera poeta, mas é, sim, um poeta que tem qualidade e está acima da média de muita coisa publicada hoje em dia, pelo que tive a oportunidade de ler de sua produção. Quais são suas principais referências literárias?

Quando afirmo que não me considero poeta, eu não quero me isentar minha obra de qualquer julgamento estético. Muitos pensam, quando digo que não sou poeta, que quero me proteger de críticas, pelo contrário, posso não me considerar um poeta, mas vivo intensamente a poesia e a literatura. Uma coisa é a minha poesia, que é poesia e que existe. Outra coisa é a pessoa se considerar um poeta. Eu acho que escrevo poesia. E isso já é suficiente. Minha paixão, entretanto, não é escrever, é editar.

O que é editar? Podem existir diversas definições para esse trabalho. No meu caso estou envolvido com a descoberta de novos poetas ou com a redescoberta de poetas importantes, com a leitura inicial e seleção dos trabalhos, com a definição de especificações técnicas para o livro, como formato, papel, número de páginas, tenho algum envolvimento com o que fazemos com ilustrações, arrisco dinheiro também, trabalho a divulgação. É uma infinidade de pequenos trabalhos diários e que me completam como ser humano. Ser poeta não me completa. Por isso não sou poeta.

Sobre as minhas referências literárias, as principais, além de Drummond, que me acompanha desde sempre, são os poetas contemporâneos. Eu descobri nomes jovens da literatura contemporânea antes de conhecer o cânone, é natural que estas pessoas me influenciem mais. Sempre estudei em escolas públicas, quase sem acesso ou estímulo à literatura – embora leia muito, desde cedo, por vontade própria e algum incentivo de meus pais –. Quando entrei no curso de letras da Universidade de São Paulo, enquanto começava realmente alguma formação literária, me interessava muito conhecer o que pessoas vivas estavam fazendo, quem são os poetas – que, como eu acreditava que era também um nessa época –. Então eu conheci praticamente toda a literatura contemporânea antes de conhecer tudo de Bandeira ou Drummond, por exemplo. A minha formação é confusa. É muito confusa.

O poeta é sibilino, como você afirma em um de seus poemas?

Sim e não. Se um poeta puder ser definido por uma única palavra, talvez ele deixe de ser poeta. O maior encanto da poesia e dos poetas é que eles podem sempre surpreender. Ou não surpreender.

O que lhe dá mais prazer, escrever ou publicar?

Me dá mais prazer beber cerveja. Acho que publicando outros escritores eu aumento as chances de beber com alguém. Escrever é muito solitário.

Mas, sem brincadeiras, o Auden diz algo como “Aos olhos dos outros, um homem é poeta se tiver escrito um poema. Aos seus próprios olhos um homem é poeta no momento exato que revisa seu último poema. Antes, era apenas um poeta em potencial. Depois, apenas alguém que parou de escrever poesia. Talvez para sempre.”. Mesmo não sendo poeta, compartilho dessa angústia. Compartilho duplamente. Os dias mais felizes da minha vida são os dias de lançamentos de livros. E talvez eu tenha parado de escrever e talvez eu tenha parado de editar – hoje não escrevi ou lancei nenhum livro –, talvez para sempre. Mas não será agora, espero.

 

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TRÊS POEMAS DE EDUARDO LACERDA

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A última Ceia

Há regras à mesa
como em um brinquedo
de quebra-cabeça.

/ E eu não entendo
os dispostos à esquerda

dos pais.

Restos do pequeno
que sentavam ao meio

da mesa (como prato
que se enche
e procura lugar entre
as pessoas). /

Já não me encaixo
depois que aprendi

a olhar de lado
e sair por baixo.
.
.

Festim

Jogou copos contra
Paredes.

Mudou de letra, com
caligrafia e sessões
terapêuticas, dando-
se firmeza às mãos.

Rabiscou espelhos
não sendo ele
sua própria

letra.

Lençóis amassados e
marcas de unhas
nas costas.

Cheiro de cigarros,
bebida, suor
e incenso.

— os poucos amigos,
dispersos,

juravam que vivia
em festa. —

.

CONDICIONADOR
.

Agora

que meus cabelos

cresceram

(e parecem femininos)

tenho menos

medo

que pareça

desespero

minhas duas mãos cravadas

no centro

da

cabeça

:

agora que meus cabelos cresceram

(e constantemente cobrem meus olhos)

penso

que parece o tempo

o tempo todo

que estou negando

algo

(assim, quando os balanço

para o lado).

Mas também

que afirmo

(como se

cisco

para alimento)

quando

insisto

(reticente) em

ir com eles,

para trás e

para frente.

E

embora

agora que meus cabelos

cresceram

e esses gestos

(e minhas mãos ali no centro)

não

pareçam

desesperos

(muitos pensam até que parece um carinho).

Carinho, carinho, carinho, carinho

ninho:

de coceiras

 

 

.

[Entrevista publicada no site REPÓRTER PB]

 

 

 

 

 

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Linaldo Guedes é jornalista e poeta. Nascido em Cajazeiras, é radicado em João Pessoa desde 1979. Como jornalista, é atualmente editor executivo do portal REPORTERPB (www.reporterpb.com.br). Como poeta, lançou os livros “Os zumbis também escutam blues e outros poemas” e “Intervalo Lírico” e “Metáforas para um duelo no Sertão”. E-mail:linaldo.guedes@gmail.com

 




Comentários (3 comentários)

  1. Fred Di Giacomo, Bem legal a entrevista, Edu! Parabéns pela Patuá!
    11 maio, 2013 as 21:52
  2. Francisco Carlos Lopes, Legal existirem editores heróicos como ele. Também penso que nós, autores já publicados, passados da categoria de estreantes, continuamos tendo um sério problema de encontrar leitores neste país. Eu, por exemplo, gosto muito de todo o processo editorial, todas as conversas (que em geral resultam em melhora para o meu trabalho de ficcionista) e não estou interessado em publicar por publicar, mas para definir uma obra, um projeto literário que precisa de continuidade. Então, essas pequenas editoras, lembrando-me a corajosa Hogarth Press de Virginia e Leonard Wolf, me despertam profunda simpatia.
    20 maio, 2013 as 16:49
  3. Chico Lopes, Ops, saiu Francisco Carlos Lopes, Édson, e ninguém me conhece assim, mas como Chico Lopes. Foi engano meu…
    20 maio, 2013 as 17:06

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