O escritor e os fragmentos da cultura


 

Teixeira Coelho nasceu em São Paulo, em 1944. Museólogo e ensaísta, é autor de livros como “Moderno e Pós Moderno” (1998), “A construção do sentido da arquitetura” (1999), “Semiótica, informação, comunicação” (1999), “Indústria cultural” (1999), e “Guerras culturais” (2000). Recuperamos aqui  um diálogo entre Teixeira Coelho e nosso colaborador, Floriano Martins, realizado em 1987.

FLORIANO MARTINS: Após tantos livros publicados, remeto-nos a indagação contida em um deles: qual o sentido em passar a vida escrevendo livros?

TEIXEIRA COELHO: Ainda não sei se vou passar a vida escrevendo livros. Talvez escreva apenas até o dia em que aprender a escrever. Poderei, então, parar de escrever. Talvez.Por que escrevo? Aparentemente, os desejos que temos de realizar, aqueles que nos perseguem e nos assombram até que tenhamos condições de satisfazê-los, são os desejos que surgiram em nós, em nossa cabeça e nosso corpo, quando crianças. São atrás desses que corremos, a vida toda. Eu tenderia a generalizar, mas falarei de mim apenas: escrevo não por querer comunicar-me com o outro, ou por querer colaborar com o processo social (na hipótese de ter condições de fazê-lo…) – isto são racionalizações que surgem mais tarde, na adolescência ou depois ainda – mas por ter um dia, quando criança, desejado ser escritor, decidido ser escritor. Escrever – ou pintar, ou compor, ou tantas outras coisas análogas – me parece uma ação intransitiva: não quero escrever o quê, não quero escrever para quem, apenas desejo escrever. Talvez já esteja, agora, desejando um dia parar de escrever. Mas não sei se este desejo pode ter tanta ou mais força do que o primeiro, o de escrever. Talvez um dia eu possa decidir que meu desejo foi satisfeito. Ou talvez este desejo me alucine até o fim.

FM: Jean Cocteau nos disse certa vez que “a única obra bem sucedida é aquela que falha”. Sua obra percorre caminhos diversos, tais como um romance, ensaios sobre teatro, aspectos gerenciais da cultura, socialismo, etc. É possível pensá-la como deliberadamente fragmentária, como algo que se desfaz a si mesma, digamos, como anti-obra?

TC: Ainda não pensei, e não penso, no que venho fazendo como uma obra. Em todo caso, o conjunto do que faço é sem dúvida fragmentário. Sob esse aspecto, ele terá sido talvez falho. Por outro lado, cada livro escrito me aproxima mais de meu desejo de ser escritor, me dá mais condições de atender a esse desejo. E, ao mesmo tempo, claro, cada livro me afasta da satisfação desse desejo: cada livro publicado é a renovação de uma mesma pergunta: “Mas, é isso ser escritor? O que é isso, afinal, qual o sentido disso?” Essa é a punição por deixar que desejos infantis me invadam. Na cabeça da criança há um mundo de fantasmas e alucinações sobre o que podem ser as coisas e as ações e as relações. Mais tarde, quando se pode tocar essas brumas com as mãos, elas dissipam-se um pouco e é possível entrever alguma coisa por trás delas, é possível entrever, freqüentemente, a ausência que há por trás delas. Isso assusta. Mas, essa revelação, às vezes, como parece ser meu caso, chega tarde demais: vinda de fora, do mundo exterior, não tem a força de meu desejo infantil que parece paradoxalmente revigorar-se a cada nova desmistificação que é o aparecimento de um novo livro.

O aspecto fragmentário de minha produção deriva do fato de eu ser um escritor e não um especialista. Não sou historiador da arte, nem sociólogo, ou semioticista, ou arquiteto ou qualquer outra coisa. Sou um escritor: tenho curiosidades, envolvo-me em circunstâncias que me impõem ou sugerem a escritura de um livro e o escrevo para descobrir, enquanto o escrevo, aquilo que sei ou posso saber sobre o tema. Meu desejo dominante não é esgotar um tema, mas escrever – o que significa que, feita uma parada numa estação, faço uma baldeação e tomo outro trem, ou outra linha, com outra direção. Estou, de todo modo, dentro da rede dos trilhos, dentro do sistema dos trilhos: em algum momento, a estação para a qual convergem todos os trilhos será uma única e a mesma – ou então, em algum momento do passado a estação da qual partiram todos os trilhos foi uma única e a mesma. Nunca pensei em minha produção como “deliberadamente” fragmentária. Não sei se em um país como este é possível ser “deliberado” a respeito de um projeto deste tipo. Nunca me interessou dirigir meu projeto de escrever para esta ou aquela direção – ou nunca tive forças para fazê-lo. Tenho, sim, um objetivo, ainda não alcançado como quero: escrever ficção. Este, persigo de modo intencional. O projeto ensaístico é fragmentário porque, para mim, não havia outro modo de pensá-lo. Como disse, sou escritor – significando que meu interesse é pelo formato, como se diz hoje. O conteúdo não me é indiferente, não se trata disso. Mas o conteúdo é apenas um pretexto para dar matéria à forma. O aspecto material na literatura não será tão evidente quanto na pintura ou no cinema, mas existe aqui também. E deve estar na origem de minha fascinação infantil pelo papel impresso. É possível também que, vivendo em um país que atribuía ainda naquela época tanta importância à escrita quanto o Egito dos escribas, eu tenho percebido, mesmo criança, que através da manipulação das palavras eu poderia conseguir aquilo que, diz Freud, é o objetivo de todo artista: fama, riqueza e o amor das mulheres. Riqueza através dos livros, neste país, é quimera. Fama é algo relativo demais. Sobre o amor das mulheres: já é um motivo bom demais para se escrever.

FM: Para que serve um intelectual?

TC: Houve um momento em que pensei conhecer a resposta. Um dia, procurando inspiração para responder a pergunta semelhante, abri, ao acaso, A República, de Platão, que trata do tema. Abri o livro totalmente ao acaso. Na página que surgiu a meus olhos, meu polegar fixou-se, por acaso, bem sobre esta observação: os melhores cultores da filosofia são inúteis porque o resto da humanidade não quer servir-se deles. Um verdureiro cultiva suas verduras. Um artista forma suas obras de arte. De um intelectual se esperaria que produzisse a crítica da sociedade – de toda a sociedade, e não apenas de parte dela, quer dizer, só da burguesia ou do proletariado, só dos governantes e não dos governados, e assim por diante. Mas, parece que tanto agora quanto na época de Platão, um intelectual não serve para nada porque, antes de mais nada, ninguém pretende servir-se dele. Exatamente por isso, talvez se devesse esperar do intelectual que assumisse a atitude do cético que nada propõe, que apenas destrói todos os partis pris, como diz Cioran, e desnuda os delírios daí resultantes.

FM:Considera a cultura como uma fatalidade à qual estamos condenados?

TC: Se por cultura se entender o contrário de barbárie, creio que estamos antes condenados a esta do que àquela. A cultura é a pausa em um universo acelerado em direção à entropia. O certo é a barbárie, a cultura é apenas o possível. No jogo das probabilidades, a barbárie é a favorita. A barbárie é um dado; a cultura, um contrato – que se faz e no qual se acredita cada vez menos. Da barbárie não há como duvidar, mas a cultura é uma ficção que sobrevive apenas enquanto se crê nela. E sua cota de credibilidade anda bem baixa. Nos muros de Paris, em maio de 68, escreveu-se que “A cultura é a inversão da vida”. O mínimo que se deve fazer é reconhecer esse jogo entre a vida e seu contrário e jogar o jogo, repetidas vezes, ao infinito, sem grandes preocupações quanto ao vencedor.

FM: Como nos lembra Umberto Eco, “o cúmulo da banalidade deixa entrever uma suspeita de sublime”. Sob esse aspecto, estamos vivendo o instante do sublime, seu apogeu espetacular. Olhos atentos a tudo o que passa, à estática velocidade dos novos velhos conceitos. Visões paratáticas, realidade, irrealidade: onde reside o real atualmente?

TC: O problema não seria grande se o banal fosse vivido intensamente como sensação e ação vividas por cada um. O problema é o banal ser vivido imediatamente, enquanto símbolo: é o banal do outro, um banal simbolizado, que as pessoas são levadas a viver. A realidade só existe como elemento da regularidade e o banal, de todo regular, é a própria imagem da realidade. A realidade, porém, exatamente porque regularidade – isto é, norma, convenção -, é experimentada enquanto símbolo. Nada de errado com isso se cada um construísse seu símbolo. No entanto, por ser facilmente normalizado, o símbolo pode ser não menos facilmente traficado, comunicado e comprado por outro enquanto ready-made, enquanto coisa pronta e acabada e, até, já vivida: basta expor-se ao símbolo para viver a vida que ele já viveu, para viver a vida que um outro já viveu, na vida verdadeira ou imaginariamente como nas telas pequenas e grandes ou nos romances. Todo o real é vivido assim, como símbolo; o banal, parte do real, não é menos símbolo. O real, hoje, está no símbolo – e à fantasia, ao imaginário, se atribui o lugar da sensação e da ação, o lugar do ícone e do índice. O real deveria estar na somatória dos três níveis: sensação transformada em ação e abstraída em norma ou lei ou argumentação. Nosso real, hoje, está – fragmentariamente, ideologicamente – apenas no terceiro nível. Como uma casa que só tivesse telhado, sem paredes e sem estruturas para suportar o telhado. Mas o telhado está ali, acreditamos que ele está ali e ele até nos protege da chuva – protege pelo menos a cabeça da chuva, mas nossos pés estão na poça d’água. Talvez por isso temos tanta frieira mental.

FM: Vivemos sob o signo orgíaco da moda. O desejo dopado/aturdido pela velocidade vertiginosa de todas as coisas que o cercam, multiplicação avassaladora dos mídias. Daí que a nossa crise central seja uma crise do desejo. A pergunta certamente seria se há saída para tal crise, mas você já disse que talvez não, que “talvez a única coisa que se possa fazer seja aprender com ela a estabelecer novos conceitos, novos modos de vida, nova organização e distribuição do tempo”. Acha mesmo isto possível, digo, este convívio com a crise, sem que sejamos totalmente devorados por ela?

TC: Devemos ser muitos os que não suportamos mais a arenga sobre A Crise e todas as crises-ramais. Que significado está coberto e encoberto pela palavra crise? “Alteração que sobrevém no curso de uma doença.” “Acidente repentino que sobrevém numa pessoa em estado aparente de boa saúde, ou agravamento brusco de um estado crônico.” Ou então, de outro lado: “Manifestação violenta e repentina de ruptura de equilíbrio.” “Fase difícil na evolução das coisas.”

De um lado, a ideia de crise como alteração no curso de uma doença ou alteração em um estado de aparente saúde, isto é, de doença real. De outro, a ideia de crise como perturbação de um equilíbrio, de um curso ordeiro das coisas. É normal que se prefira ficar com o segundo conceito de crise, é compreensível que se privilegie a ideia de que as coisas vão normalmente bem e que a crise sobrevém para perturbar essa tranquilidade. O primeiro sentido de crise, no entanto, é mais antigo e historicamente, parece, mais adequado – particularmente quando se pensa na história das sociedades. As sociedades – e tudo que as compõe, inclusive os desejos – sempre estiveram doentes e as crises nada mais são do que alterações de intensidade nesse estado, não alterações de qualidade. Prova de que as sociedades sempre tiveram como estado normal a doença são as utopias. Sem a desordem, a desorganização, a entropia – a doença – não se pensa em forjar utopias. Hoje não está pior do que ontem, hoje a crise não é mais grave que a de ontem, hoje o desejo não está mais sufocado ou desorientado ou falsificado do que ontem. O que se faz é viver cada um desses momentos, o momento de ontem e o momento de hoje, e o que ocorre é que freqüentemente essa vivência se dá em estado de crise num terceiro sentido dessa palavra, o de tensão, conflito. A tensão é tão inerente à vida quanto seu oposto, a distensão. Será talvez incômodo aceitar essa ideia mas de outro lado não nos adianta muito ficar acusando a existência dessa crise – isto é, alimentando-a – e deplorando que ela exista.

FM: Nos dás notícias de que temos um considerável patrimônio cultural nacional. No entanto, a gerência desse patrimônio esbarra sempre nas tradicionais desculpas das dificuldades econômicas e da incultura de seu (nosso) público. Então não temos patrimônio algum. O que temos é um simulacro de patrimônio, servindo unicamente para fortalecer os costados de sua inoperância.

TC: Perguntar se temos ou não um patrimônio cultural equivale a perguntar se temos uma cultura. Temos uma cultura ou, apenas, efeitos de cultura? A cultura, como todo sistema de produção, é um processo que, para ser completo, atravessa quatro fases: 1) a produção propriamente dita, quando o produto ou bem cultural, como se queira chamá-lo, é materializado: a feitura de um filme, a composição de uma obra musical, a escritura de um romance; 2) a distribuição, momento em que o produto cultural sai da esfera fechada e restrita de seu produtor para começar a circular por outros domínios, mais amplos e gerais: é o caso da distribuidora que leva as latas do filme aos cinemas que o exibirão; 3) a troca, instante da aproximação entre o produto cultural e aquele que vai usá-lo ou apenas consumi-lo e que é regido pelas leis sociais em vigor: as pessoas devem ou não depositar algum dinheiro na bilheteria do cinema para poderem ver o filme: têm de pagar menos ou mais por isso e, portanto, têm de trabalhar tanto ou quanto para terem acesso a esse filme; e 4) o uso, que é a apropriação concreta do bem pela pessoa, o momento em que ser humano e produto cultural fundem-se num só – quando o processo falha, aqui, não se tem o uso mas, apenas, o consumo: espreme-se algum suquinho, sente-se um cheirinho da coisa e joga-se o mais importante fora.

Pode-se ter a produção perfeita sem que haja distribuição (há dezenas de filmes brasileiros nas prateleiras de embrafilmes e museus, filmes nunca exibidos comercialmente por cinema algum). Pode-se ter produção e distribuição sem que se dê a troca: filmes são exibidos mas uma parcela da população não os pode ver, apenas por não ter dinheiro bastante para isso. E pode-se ter produção, distribuição e troca sem que se use o produto: o filme foi feito e distribuído, a pessoa comprou o ingresso ou o Estado assegura seu direito de ver o filme gratuitamente mas esse filme nada lhe diz simplesmente porque ela não estava preparada para recebê-lo. Pense-se numa livraria abarrotada de livros e, do outro lado da vitrina, analfabetos… O que há no Brasil é um processo cultural capenga, durante longo tempo entregue à própria sorte ou então, como durante os últimos vinte anos de ditadura e desde os tempos de Capanema, orientado apenas para a produção e para os produtores entendidos como seres privilegiados.

FM: Roland Barthes comenta que se poderia chamar as sociedades em que a revolução triunfou de “sociedades decepcionantes”, uma vez que o triunfo da revolução é a constatação última de que o Estado não se enfraqueceu. Sua experiência de Cuba diz o mesmo? Ainda há saídas para o socialismo?

TC: Não estou em nada preocupado com as saídas possíveis para o socialismo – ou qualquer outro regime político. Há muito tempo deixei de sacar contra certos sistemas para investir em outros. Interessa-me saber se há saídas para o homem. O que se poderia perguntar é se há saída para o homem independentemente da existência de um Estado e, talvez, de um Estado forte. No começo do século ainda era possível para um grupo de pessoas refugiar-se no interior do Paraná e mais ou menos brincar de instalar ali uma comunidade autônoma e razoavelmente comunizante onde o controle da vida estava nas mãos de todos. Aparentemente, não estava nas mãos de ninguém, três anos depois de fundada a Colônia praticamente se extinguira… De todo modo, era vagamente viável pensar numa idéia como essa. Hoje, com sociedades compostas por centenas de milhões de pessoas, fazer de conta que se acredita na possibilidade de uma vida civilizada sem a intermediação do Estado, ou que esta vida é praticável no regime da livre-iniciativa e na regulação natural das relações sociais, é dar mostras de um infantilismo aceitável apenas quando proveniente de crianças biologicamente crianças, nunca de crianças barbudas ou adultificadas. O problema não é tanto a existência ou não de um Estado, e de um Estado forte ou fraco. A questão é contar com um Estado identificado com a nação ou, quando esta não existe, como parece ser ainda nosso caso, um Estado pelo menos identificado com a sociedade. Esta parece ser a saída para o homem em sociedade. A única que talvez ainda se possa tentar.

Quanto às “sociedades decepcionantes”, aquelas onde a Revolução triunfou, é preciso ver as coisas dentro de alguma perspectiva histórica. Elas são de fato, por um lado, decepcionantes: talvez quiséssemos todos que, uma vez no poder, a Revolução apertasse um botão e todos passassem a ter TV e carro e roupas finas e livros de arte ilustrados e tantas outras coisas mais, além da liberdade política em si. Muito disso não existe em Cuba, por exemplo, e sob esse aspecto talvez se possa dizer que a experiência cubana decepcionou. De outro lado, nossa memória histórica, às vezes intencionalmente curta demais, se esquece de que Cuba ante de 1959 era literalmente um bordel econômico, turístico e sexual dos EUA. Isso Cuba não é mais. Os cubanos mais velhos não se esquecem disso. Os jovens, nascidos com a Revolução, nem sabem, nem querem saber de nada disso. É um problema. Para eles, a Revolução será talvez uma decepção. Mas, não creio que caiba a eles ou aos que estão de fora determinar a orientação da resultante que deriva de todo o processo.

É curioso que se possa falar dessas sociedades como decepcionantes. É mais esdrúxulo ainda que um francês possa referir-se a elas como decepcionantes. Em primeiro lugar, o que são sociedades como a nossa, aqui no Brasil, senão decepcionantes, profundamente decepcionantes? E se uma sociedade como a francesa – onde uma Revolução também triunfou um dia e onde o Estado não é em nada tão fraco assim – não é decepcionante, ou inteiramente decepcionante (e como ela as sociedades inglesa, italiana, alemã, etc., etc., etc.), é porque não apenas contam com a bagagem cultural de séculos e séculos atrás de si, ou sob seus pés, como também porque puderam pagar-se o preço dessa não-decepção graças ao saque desenfreado de toda a América Latina e de toda a África e de toda a Ásia. E houve sobras dessa ação também para cima da União Soviética, sangrada até o último limite pelos Aliados durante a II Guerra.

Ao lado disso houve, sem dúvida, fatores endógenos, digamos, que contribuíram para a decepção: os gulags, a perseguição política variada, falta de liberdade diversificada, etc. Ingenuidade supor que coisas assim não se passariam na sociedade revolucionária. O homem é o lobo do homem tanto sob o capitalismo quanto no comunismo. O que tem sido decepcionante não é a sociedade onde a revolução triunfou; o que não tem sido muito entusiasmante é a história da sociedade humana toda.

 

 

[Entrevista publicada no Diário de Cuiabá]

 

 

 

 

Floriano Martins (Ceará, 1957) é poeta, editor, ensaísta e tradutor. Dirige a Agulha Revista de Cultura (www.revista.agulha.nom.br) e colabora semanalmente com o DC Ilustrado com uma série de entrevistas que futuramente reunirá em livro intitulado Invenção do Brasil. E-mail: arcflorianomartins@gmail.com




Comentários (1 comentário)

  1. Carlos Emílio C.Lima, A capa parece dizer Morder o pós-moderno.Há uma oscilação visual interessante aqui não intencional por parte do designer.
    9 maio, 2012 as 14:01

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