Minhas memórias de Hilda Hilst – Parte I


…………………………Ana Lucia Vasconcelos [na Casa do Sol]

 

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“Uma coisa bela é uma alegria para sempre”

.Keats

 

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1. Hilda e o clima mágico da Casa do Sol

Conheci Hilda Hilst no ano de 1968 quando fazia teatro em Campinas e acabara de fundar juntamente com Tereza Aguiar, Maria Luiza Vasconcelos, Vicente de Paula Conti, José de Oliveira, Paulo Sérgio Teixeira Pombo, o Grupo de Teatro Rotunda e estávamos montando Electra de Sófocles, peça em que fiz o papel titulo e com a qual ganhei o prêmio Revelação de Atriz concedido pela Associação de Críticos de Artes do Estado de São Paulo (APCA) neste mesmo ano. O pretexto que nos levou a Casa do Sol pela primeira vez foi conhecer a autora da peça O Novo Sistema, a poeta, que começara a pouco escrever prosa e agora dramaturgia, que hoje é considerada uma das maiores do Brasil e já sendo descoberta além mares, pela sua obra inovadora, revolucionária: Hilda Hilst. Aquela altura, não sabia nada dela, não lera nenhum de seus livros, mesmo sendo uma pessoa interessada em literatura e teatro, além de uma estudiosa de outros temas – filosofia, sociologia, já que aquela altura havia acabado meu curso de Ciências Políticas e Sociais na PUC/Campinas.

Ainda que este fato esteja longe no tempo, me lembro que fiquei totalmente fascinada pelo clima da Casa do Sol e a figura, o porte, a inteligência, a cultura e o temperamento diferente de todas as pessoas que eu conhecera até então e que formava este conjunto inédito, como direi, sedutor, absurdamente diferente, que compunha esta mulher linda, cheia de classe que era a Hilda. Aquela altura não havia luz elétrica na região e a casa – que ela acabara de construir – era iluminada com lampiões de querosene, o que deixava tudo mais mágico ainda porque aquele misto de luz e sombra caindo nos móveis e objetos lindos, com as conversas cheias de afetividade, cultura e mistério que sempre foram a marca registrada da Hilda, davam aquele toque especialíssimo que nocauteava literalmente os visitantes e que ficavam para sempre seduzidos.
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………………………………Hilda e Dante [arquivo pessoal]

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Ela e o escultor Dante Casarini, com quem estava casada na época e que era também uma pessoa maravilhosa, afetiva, e tinha verdadeira veneração por ela, se tratavam por neném, nenenzinho e isso era para mim outro charme acrescido a este conjunto todo que me transportava para outro espaço-tempo, termo, aliás, que ela usava muito,  apaixonada que era por pesquisas que também me fascinavam – a antimatéria, a vida depois da morte física, a vida em outros planetas, as próprias experiências da Hilda com discos voadores, visões de seres entrando pela porta da casa, suas vivências fora do corpo, que ela exercitava, tudo misturado com as conversas sobre os contos fantásticos de Borges, a poesia de Jorge de Lima, Fernando Pessoa, entre outros poetas e escritores igualmente fascinantes.

E, também, sua própria história que ela contava: a paixão pelo pai, que era poeta e que ficara esquizofrênico, que queria ter com ela “três noites de amor”, num certo dia, confundindo-a com a mãe, sua relação com a mãe que ela adorava e que achava lindíssima, as peças, as novelas e poemas que ela lia para nós – os amigos que frequentavam a Casa – em primeira mão, os livros que ela amava e que, tornavam-se, ato contínuo, também os nossos prediletos. Alguns eu comprei, outros ela me emprestou, como as obras de Päar Lagkervist que, aliás, fui lendo no avião quando fui para a Europa em 1976, as noites na varanda sob aquele céu estrelado, o medo de atravessar o pátio no escuro depois daquelas conversas sobre tantos mistérios, experiências as mais variadas, sempre fantásticas, os amores e desamores, as paixões dela por homens impossíveis ou não.

O encontro dela com o Dante Casarini, que foi uma pessoa importantíssima na sua vida, eu já sabia através dos relatos de ambos, mas quando voltei a conversar com ele para obter alguns dados detalhados para este livro, depois da sua morte, fiquei surpresa com informações inéditas. “O que eu vivi com a Hilda dá um livro”, ele me diz, “há coisas que ninguém sabe, com exceção de dois ou três amigos”.

Apesar de estar morando no Rio, onde trabalhava no Ministério da Fazenda, Dante a conheceu em São Paulo onde moravam seus pais. “Morei de 1956 a 1962 no Rio e trabalhei no Serviço Social Rural e depois na Recebedoria Federal da Guanabara, órgãos do Ministério da Fazenda, sendo que numa determinada época fiquei em Campinas. Mas quando conheci a Hilda, estava em férias em São Paulo, e justamente estava caminhando na Rua Augusta numa certa tarde, quando ela, que estava com a Marilda Pedroso, mulher do Bráulio Pedroso, me viu da vitrine de uma loja de calçados e me fez um sinal. Achei incrível, porque o sinal era bem insinuante e me aproximei – ela era lindíssima, aliás, a Marilda também. Ela então me convidou para jantar em sua casa. Conversamos um pouco e ela pediu meu endereço. A noite estacionou o maior Mercedes em casa, com o choffeur dela para me buscar, e foi aquele jantar maravilhoso e aí começou aquela paixão entre nós”.

Na verdade, Hilda me contou o seguinte: ela viu o Dante e, como sempre fazia quando via um homem bonito pelo qual se interessava, simplesmente ia lá e conversava com ele e o convidava para jantar, por exemplo. “O Dante era um homem lindíssimo, eu o vi na Rua Augusta e o chamei e o convidei para jantar em casa”. “Eu fui, e foi um jantar maravilhoso, a luz de velas, a casa da Hilda era belíssima: Rua Petrópolis, 42, no Sumaré (aliás, mais tarde ela venderia a casa à atriz e produtora teatral Ruth Escobar que entrevistei várias vezes além de ter trabalhado em peças da sua companhia e que providencialmente conheci) com muitos empregados – Hilda sempre teve muitos empregados e objetos maravilhosos, porque ela tinha um gosto estupendo e tomamos vinhos incríveis e então, começou uma paixão maravilhosa entre nós. Ela me convidou para ficar e eu fiquei. Nunca mais voltei daquelas férias”.

“Eu tive poucas mulheres, sempre muito interessantes, mas nunca conhecera uma pessoa tão especial, genial, inteligentíssima e fascinante como a Hilda. E vivemos um período de grandes porres – saiamos com a Marilda e o Bráulio Pedroso, e outros artistas, poetas, como a Gilka Machado, atores como o Raul Cortez, Cacilda Becker, Tarcisio Meira, Eva Vilma. Nossa relação foi uma coisa inenarrável, porque a paixão era mútua. Em resumo, comecei a ter uma vida intensa e diferente de tudo o que até então vivera.”

E havia ainda outra afinidade entre eles – o amor pelos cães – e ele recorda que Hilda aquela altura tinha quatro cachorros que ele levava para passear no Parque Trianon. “Um dia ela me perguntou se eu iria com ela morar numa fazenda. Eu aceitei e então fomos para Campinas, morar na casa da fazenda da mãe dela que a esta altura morava em Santos – a Fazenda São José. E iniciamos a construção da casa que ficou sendo a Casa do Sol cujo projeto foi de um grande arquiteto de São Paulo que seguiu orientações da Hilda. Íamos todos os dias lá para ver como iam os trabalhos e tudo foi muito rápido, a casa ficou pronta em oito meses. Quando nos mudamos, eu introduzi os cães da raça boxer alemão que eu criava na época, já que Hilda tinha a esta altura muitos cães, mas nenhum desta raça”.
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…….. Hilda, Dante e sua mãe no dia do casamento [arquivo pessoal]

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Quanto aos móveis, lindos sofás de couro preto, mesas, Dante me conta que alguns vieram de São Paulo enquanto outros foram comprados de uma famosa antiquaria de Campinas, à casa de quem fui várias vezes com a Hilda – Margaridinha Guimarães. “A Hilda adorava mesas, e sempre teve móveis lindos. Aliás, aqueles sofás foram mudados várias vezes porque os cachorros destruíam tudo. E no início, quando nos mudamos para a Casa do Sol, tivemos que fazer a iluminação com lampiões de querosone – comprei 60 lampiões a querosene e para abastecê-los, latas de cinquenta litros. Isso durou três anos, porque na época a extensão da rede elétrica tinha que ser feita por Pedreira (cidade próxima de Campinas) e ficava caríssimo. E começamos então esta vida no campo – ela lia, escrevia e eu cuidava das coisas práticas da casa. Plantamos muitas árvores, todas que estão lá agora, enormes lindas, sendo que as palmeiras da entrada ela plantou um pouco mais tarde. A figueira já existia e sempre foi mágica”.

Mágica como, preciso esclarecer, porque apesar ter estado muitas vezes à sua sombra, conversando com ela, ele, amigos, na mesa de pedra ou mesmo no balanço de onde até tirei algumas fotos, e achá-la muito especial mesmo, conhecia lendas sobre supostos rituais que a Hilda teria realizado ali e que eram rumores falsos. Então mágica por quê? “Mágica porque havia, ainda há, uma energia muito forte perto da figueira – ela promovia o despertar da criatividade nas pessoas e nós abraçávamos a figueira e ela passava toda a energia que vinha da natureza. Aliás, ficávamos lá com os amigos e tomávamos champagne, era ótimo”. Aqui, também, esclareçamos aquela falsa ideia que muitos fizeram dela – que havia se enclausurado no campo e vivia como uma monja. Não é verdade. A casa era frequentada por grandes amigos, escritores, artistas plásticos, dançarinos, atores, entre eles Lygia Fagundes Telles, a arquiteta Giselda Guimarães, a poeta Lupe Cotrim, que morreu muito jovem, e outros amigos não artistas como o Ademar Bianculli, um industrial falecido na década de 90. Depois de certo tempo, amigos com quem eu conviveria também: o escritor Caio Fernando Abreu, Léo Gilson Ribeiro, o artista plástico J. Toledo, o ator e diretor Rofran Fernandes, o escritor e artista plástico José Luis Mora Fuente, Olga Bilenki, entre outros.

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2. Talento raro

E por falar em despertar da criatividade, Hilda, além da sua genialidade inerente, tinha um talento raro: perto dela os artistas ficavam mais criativos e aqueles em que a arte não havia ainda aflorado, de repente começavam a criar. Este foi o caso do Dante, que sempre trabalhara em cargos administrativos, na empresa do pai, em São Paulo e depois no Ministério da Fazenda, começou a esculpir em madeira.  E na sequência construiu um ateliê onde estive muitas vezes e produziu peças maravilhosas que ajudavam a compor o clima da Casa do Sol: esculturas de santos, de tamanhos variáveis, sendo que algumas enormes como aquela que está no pátio interno. “Eu expus em várias galerias, mas vendia muito minhas esculturas no Rio, onde minha irmã convivia com estrangeiros em geral ou brasileiros ricos que gostavam de arte. Daí que muitas peças minhas foram parar na Alemanha.”. Por falar nisso, eu ganhei dele uma belíssima escultura – um homem coroado de espinhos.

Dante me conta que aprendeu muito na Casa do Sol, com a Hilda e os amigos – todos artistas ou cientistas, já que lá não se falava futilidades, não mesmo: só altos papos sobre obras de arte, literatura, filosofia – e cita alguns autores que se lembra: Sartre, Simone de Beauvoir, Jorge de Lima, Camus, entre dezenas de outros. “Senti um choque muito grande quando saí de lá, porque a gente vivia num outro universo”. Posso dizer o mesmo, porque depois de ter convivido na Casa do Sol, fica difícil a gente encontrar uma junção tão maravilhosa como aquela – pessoas afetivas e inteligentes e cultas e todas atuantes nas suas áreas específicas, mas sempre tudo girando em torno da Hilda que Dante diz ter sido a estrela principal ao redor da qual as coisas fluíam e que era realmente fascinante.

Ele se considera uma pessoa muito importante na vida de Hilda por sua convivência de 35 anos – “porque eu fui o companheiro dela, e ela foi grande amante, e depois grande amiga – fui muito fiel à sua amizade e isso era ela quem dizia e também por ter participado de alguns acontecimentos marcantes como a vivência com seus pais. Estive no enterro do pai da Hilda, homem lindo, brilhante que ficou internado no Hospital Bierrenbach de Castro e visitei muita sua mãe, a Bedecilda, que também ficou internada nesta clinica em Campinas”. Aliás, me lembro desses fatos a partir de seus relatos na época, quando me contava suas visitas ao hospital e eu ficava surpresa pelo fato da Hilda nunca ir lá. Finalmente ele me contou por que acontecia isso.

“Na verdade o que ocorreu é que a mãe da Hilda, aquela mulher lindíssima, ficou esclerosada a partir dos cinquenta anos. Ela fumava muito e a partir dos cinquenta anos começou a sofrer um processo doentio de esclerose múltipla. Veio então para Campinas e ficou internada no Hospital Bierrenbach de Castro – Hilda não ia vê-la porque ela a agredia muito, ainda que lógico não estivesse no seu juízo. Mas eu a visitava sempre e a doença se agravava e ela já não falava, mas houve um dia em que cheguei e vi cair de seus olhos uma lágrima. Ela morreu naquele dia e eu fiquei a noite inteira velando seu corpo no necrotério da clínica, lá sozinho. Ambos, Apolônio e Bedecilda, estão enterrados no Cemitério da Saudade em Campinas”.

“Mas ter conhecido a Hilda, amado, convivido com ela e com todos os amigos que frequentaram a Casa do Sol foi uma maravilha, ela era uma pessoa brilhante e fomos fiéis mesmo depois que viramos irmãos, e eu tive que sustentar a casa durante três anos já que o dinheiro que até então vinha da herança do pai, que era fazendeiro de café, acabou, e ela começou a lotear a fazenda que herdara da mãe: fui para São Paulo e trabalhei como gerente administrativo na firma do meu pai. De início eu ia e voltava todos os dias, mas depois comecei a ficar a semana toda lá e só voltava no final da semana”.

“O que me deixa triste foi o seu fim trágico. Acho que ela podia ter vivido mais quatro anos, mas ela teve problemas pulmonares, fumava muito, ela fumava três maços por dia, mas nada disso importa agora. Importa que ela foi a pessoa mais maravilhosa que conheci e com quem tive o privilégio de conviver durante 35 anos. Era uma pessoa generosa, que tinha um amor pelas pessoas e pelos animais. Até o mínimo inseto ela não queria que matassem. Foi tão absurdamente amorosa e isso é o que vai ficar na minha memória. Tenho ido ao túmulo dela, faço minhas meditações, sonho muito com ela e hoje leio e estudo muito. Desde que saí da Casa do Sol não faço mais esculturas, mudei minha vida, me dedico ao estudo de religiões, sou budista e viajo muito também. Estive na Espanha que é linda e onde pretendo voltar, já que sou aficionado de touradas. Estive no Chile, viajei pela Europa, adorei Londres e visitei também os Estados Unidos.”


……………….Dante e Ana Lucia Vasconcelos [na casa da autora] .

 

 

[Continua…]

 

 

 

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Ana Lúcia Vasconcelos é atriz, jornalista, escritora e tradutora, licenciada em Ciências Políticas e Sociais pela PUC de Campinas, Mestre em Filosofia da Educação, pela Unicamp, e acaba de preparar um livro ainda inédito sobre Hilda Hilst que o MUSA RARA publica em partes. E-mail: analuvasconcelos@globo.com




Comentários (11 comentários)

  1. Paulo Miguel Flexa, MAIS LUZ SOBRE A CASA DO SOL!
    4 fevereiro, 2012 as 17:44
  2. Rubens, Grato, gratissimo por aquecer minha alma de poeta, com nossa amada Hilda. Bom trabalho
    4 fevereiro, 2012 as 21:53
  3. Dayz Peixoto, Quando temos memórias culturais importantes, temos obrigação social de torná-las públicas. Um dia elas reaquecerão o congeldo da História e sedimentarão outros cenários, outras memórias… É nesse sentido que vejo a publicação das memórias de Ana Lúcia Vasconcelos. Elas chegam para oferecer luz e novos conhecimentos sobre o tema
    5 fevereiro, 2012 as 12:58
  4. olga, Ana parabéns pela postagem!
    5 fevereiro, 2012 as 16:35
  5. líria porto, ana lúcia vasconcelos – (re)conhecer hilda hilst por intermédio de tuas palavras generosas e fascinantes é um grande prazer – não perco a continuação de jeito nenhum!!! publicaste um livro sobre hilda, vais publicar??? eu amo esta poeta!!
    5 fevereiro, 2012 as 21:42
  6. Maria Yuma, Ana Lúcia Vasconcelos, Rever-te foi muito bom. Conheci-te na mocidade por intermédio de Timochenko Webi e pouco nos falamos por eu ser completamente ignorante, apesar de estudar teatro. Vi “Rato no Muro” da Hilda na EAD, vi espetáculos do Rotunda.Fui aluna de Tereza Aguiar. Amei ler a matéria acima a respeito da Hilda, que magoamos com sofrível montagem de um de seus textos. Obrigada por este instante.
    5 fevereiro, 2012 as 23:18
  7. luisa, quando o Dante deu essa linda entrevista pra você? Como ele está hoje? Senti falta de datas.
    7 fevereiro, 2012 as 13:45
  8. Ana Lúcia Vasconcelos, Luisa do que? Adoraria te responder se soubesse o sobrenome.De qualquer forma acredito que a entrevista aconteceu em 2005 ou 2006 foi uma das primeiras que fiz, graças a Deus, por que na sequencia me parece que ele teve problemas de saúde. Não sei como ele está agora. Agradeço a todos que deixaram seus comentários especialmente as pessoas que deixaram nomes e sobrenomes. Maria Yuma, quanto tempo mesmo! Precisamos retomar contato- meu email está na matéria. E agora respondendo a todos: este texto é uma partícula do livro que já escrevi sobre a Hilda Hilst e que me parece é bem importante para o aprofundamento do conhecimento de sua obra complexa, inovadora e nada fácil. E como convivi com ela, com os amigos e a entrevistei várias vezes ao longo deste tempo, que foi mesmo o período mais importante de sua vida e carreira- de 1968 a 1990-quando ela publicou grande parte de seus livros, posso dizer que a conheço ligeiramente… rs. Mas infelizmente a publicação do livro ainda está altamente complicada, por que o Instituto Hilda Hilst tem um contrato com a Editora Globo que prevê a exclusividade da biografia da Hilda por esta editora.Mesmo o meu livro não sendo uma biografia, sendo minhas memórias sobre ela e um ensaio sobre sua obra, ha evidente, elementos biográficos , o que é inevitável de ocorrer quando se fala de um autor. Ele mesmo se remete a sua vida, infância, adolescência etc. Então é isso: Days concordo inteiramente com voce quando diz que quando “temos memórias culturais importantes, temos obrigação social de torná-las públicas. Um dia elas reaquecerão o congelo da História e sedimentarão outros cenários, outras memórias…” Enfim agradeço toda a repercussão que este texto obteve o que me deixa sumamente feliz por constatar como a Hilda é amada. Obrigada e abraços a todos.
    7 fevereiro, 2012 as 14:41
  9. Cícera Maria Afonso, Que coisa maravilhosa foi ter lido seu texto nessa noite de luar! É como digo a uma amiga-professora-orientadora, 8 anos da morte de Hilda, mas nem parece, porque ela vive dentro de quem a ama. Sou pós-graduanda na Universidade Católica de Pernambuco e o meu trabalho de conclusão de curso será sobre A obscena senhora D., antes disso, apresentarei uma aula sobre Hilda Hilst, vida e obra, a leitura do seu texto foi fundamental. Muitíssimo obrigada! Já estou ansiosa pra ler seu livro, espero que essa burocracia por parte da Editora Globo seja vencida, pois Hilda não é exclusividade dela. Um grande abraço!
    8 fevereiro, 2012 as 2:34
  10. Tere Tavares, Parabéns Ana Lúcia, ficaremos à espera de mais retalhos disso que se promete (e é) um grandioso trabalho. O livro também virá! Toda sorte e felicidade do mundo. Beijos
    8 fevereiro, 2012 as 21:50
  11. Ana Lúcia Vasconcelos, Cicera Maria desculpe só responder agora a este comentário.Fico sumamente feliz de saber que você leu isso aqui “numa noite de luar”.A Hilda cai bem numa noite de luar..rs e mais:as noites de luar na Casa do Sol eram qualquer coisa fora do padrão.Aliás, a Hilda e sua maravilhosa obra também é fora de qualquer padrão.Obrigada pelos votos . Agora, com a liberação das biografias não autorizadas, e sendo este texto um misto de memórias e ensaio, acredito não haver mais problema seja com a Globo, seja com os herdeiros.Não preciso pedir autorização para ninguém, graças a Deus, para publicar o livro.Grande abraço a todos que comentaram!!Sucesso para o mestrado? doutorado?
    7 julho, 2015 as 1:59

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