• Diálogo ao Vivo

    Por Redação
    Em 02/04/2013

    O poeta e tradutor Paulo Henriques Britto participou do ciclo de diálogos O que é a Poesia? promovido pela Casa das Rosas – com curadoria e mediação de Edson Cruz. Confira, abaixo, como foi o diálogo.

     

    Paulo Henriques Britto nasceu no Rio de Janeiro em 1951. Entre 1962 e 1964, morou com a família em Washington, D.C., EUA, onde descobriu a poesia, lendo Shakespeare, Edgar Allan Poe, Emily Dickinson e Walt Whitman. De volta ao Rio, começou a ler poesia em língua portuguesa, principalmente Fernando Pessoa, Manuel Bandeira e Drummond. Voltou aos EUA para estudar cinema na Califórnia em 1972-3, sem concluir o curso. Em 1975, tornou-se aluno de licenciatura português-inglês na PUC-Rio, e também começou a traduzir profissionalmente. Formando-se em 1978, ainda na PUC-Rio, iniciou o mestrado em língua portuguesa, defendendo a dissertação em 1982; passou então a lecionar na mesma instituição, onde até hoje atua em oficinas de tradução e criação literária na graduação, e supervisiona uma linha de pesquisa sobre tradução de poesia e outra sobre poesia brasileira contemporânea na pós-graduação. Em 2002, a PUC-Rio concedeu-lhe o título de Notório Saber. Traduziu para o português, até o momento, pouco mais de noventa livros, em sua maioria obras de ficção de língua inglesa, de autores clássicos como Jonathan Swift, Charles Dickens e Henry James, e contemporâneos como Philip Roth, Thomas Pynchon, Don DeLillo, V. S. Naipaul e William Faulkner, entre outros; traduziu também a poesia de Byron, Wallace Stevens, Elizabeth Bishop, Allen Ginsberg e Ted Hughes. Traduziu para o inglês dez livros de autores brasileiros de teoria literária e psicanálise, entre outros campos do saber. Publicou seis livros de poesia — Liturgia da matéria (1982), Mínima lírica (1989), Trovar claro (1997), Macau (2003), Tarde (2007) e Formas do nada (2012) — e um volume de contos, Paraísos artificiais (2004). Uma antologia de poemas seus foi lançada nos Estados Unidos, The clean shirt of it, com tradução e introdução de Idra Novey (2007); e Macau teve também uma edição em Portugal (2010). No campo da ensaística, tem publicado regularmente trabalhos sobre poesia e tradução em diversos periódicos acadêmicos, além de três livros: sobre música popular, Eu quero é botar meu bloco na rua, de Sérgio Sampaio (2009); sobre poesia, Claudia Roquette-Pinto (2010); e sobre tradução, A tradução literária (2012). Sua tradução de A mecânica das águas, de E. L. Doctorow, ganhou o Prêmio Paulo Rónai de tradução, concedido pela Fundação Biblioteca Nacional (1995); Trovar claro recebeu o Prêmio Alphonsus de Guimaraens, também da Fundação Biblioteca Nacional (1997); Macau obteve o primeiro lugar do Prêmio Portugal Telecom de Literatura Brasileira e o Prêmio Alceu Amoroso Lima, concedido pelo Centro Alceu Amoroso Lima para a Liberdade e a Universidade Candido Mendes (2004); Paraísos artificiais foi classificado em segundo lugar na categoria contos e crônicas no Prêmio Jabuti (2005); Tarde ganhou o Prêmio Alphonsus de Guimaraens, categoria poesia, concedido pela Fundação Biblioteca Nacional (2007) e ficou em terceiro lugar no Prêmio Jabuti (2008); Formas do nada foi escolhido como melhor livro do ano, recebendo o 8º Prêmio Bravo! Bradesco Prime de Literatura (2012).

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