Campos de Augusto



…………………………………………….by Pipol
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Quando comecei a estudar A Divina Comédia, perguntei-me que poeta escolheria, se fosse Dante, para me guiar pelos tortuosos e sublimes caminhos. A resposta veio fácil: Augusto de Campos. Além de saber que, com ele, teria o conhecimento necessário para ultrapassar as artimanhas do mundo dantesco, minha escolha se baseava em um motivo bem simples: Augusto é meu poeta favorito.

Pensar em Augusto de Campos, tão mais metonímia do que metáfora, em meio a uma enorme alegoria, não é tão absurdo assim. Seu primeiro livro, O Rei Menos o Reino (1951), é construído a partir de uma constelação de metáforas ligadas à rarefação, à negação e à angústia. Um reino de “areia areia arena céu e areia”. Nesse deserto, o poeta só conta consigo mesmo:

 

“Este é o rei e este é o reino e eu sou ambos.

Soberano de mim. O-que-fui-feito,

Solitário sem sol ou solo em guerra

Comigo e contra mim e entre os meus dedos.” [1]

 

Os símbolos de estabilidade de outrora – um parâmetro certo, capaz de guiar – entram em conflito com a nova ordem do poema: são ecos do passado renegado pelo poeta.

 

“Vinde e vereis florir um sol no céu

E um céu se desdobrar do olhar do sol,

Neste reino onde o céu é o vosso ar alto,

Onde o sol é de pedra como o Canto.” [2]

 

O sol, que outrora representava Cristo, e o Canto, a palavra de Deus, só podem existir no universo do poema como construções de pedra, de concreto, na única possibilidade de criação desse céu anti-metafísico que é ar alto, que é o próprio arauto. O mensageiro toma para si a responsabilidade de sua própria voz e a transforma em poema.

Esse ambiente devastador em que o poeta-personagem se encontra pode ser contrastado com a selva selvaggia de Dante. Enquanto esta simbolizava a escuridão daquele que se perdera do caminho reto, o deserto em que o poeta de O Rei Menos o Reino se encontra nos indica que, para ele, não existe salvação por intervenção divina. O contraste delimita duas visões de mundo: a anterior ao poeta, em que o Sol (no caso de Dante, Cristo) é capaz de iluminar o caminho da Verdade e/ou da Poesia e livrar o peregrino de sua escuridão; e a de agora, momento do poema, em que Deus e/ou a poesia não pré-existem ao poeta “sem sol”. Cabe a este criar seu próprio reino com pedra e areia.

A alegoria é construída com base na recusa do aprisionamento à estrutura impositiva do passado. Pensemos na oposição do autor em relação à poesia da Geração de 45, então dominante no mundo literário. Contra o reino pré-fabricado, rejeitando a repetição das consagradas formas fixas na poesia, Augusto de Campos já se interessava pelo árido caminho da invenção. Este é seu deserto: o vazio que se apresenta entre a recusa e a criação. Sua angústia: ser rei e fazer-se reino, lutar, sem retaguarda, em (prol de) sua criação. E, novamente, o deserto; mais uma vez, a angústia.

As ideias eram muitas: suas leituras, como não poderiam deixar de ser, se voltavam para autores que trabalhavam com a invenção da linguagem, com o que havia de “concreto” na escrita. Do Brasil, gostavam de João Cabral e redescobriam, para todos, poetas-inventores como Sousândrade. De acordo com entrevistas, era com dificuldade que Augusto e seu irmão, Haroldo, conseguiam comprar os exemplares estrangeiros que os interessavam, em uma São Paulo ainda provinciana. Ainda assim, começaram, desde cedo, a ler James Joyce, Ezra Pound, Mallarmé, Cummings e muitos outros capazes de instigar sua curiosidade e sua arte.

Antes de transformar suas ideias em forma, antes de tornar sua poesia concreta, Augusto as apresentou em uma alegoria. Como uma pré-consciência da futura transformação da teoria alegórica em objeto, em poema concreto. Em suas primeiras obras, encontramos a imagem da pedra, da angústia, do vazio, do deserto, da escassez de recursos, da morte, de tudo o que vemos se confirmar posteriormente em uma poesia de economia, onde o “menos” é valorizado em prol da intensificação do efeito da obra. “Concentrare”, dizia Pound.

Em O Rei Menos o Reino e nos poemas que se seguiram até Augusto lançar o seu impressionante Poetamenos, já era possível notar o cuidado do poeta em destacar e aproveitar as potencialidades concretas dos signos. Mas foi com Poetamenos que deixou claro que a ruptura com o que se fazia em literatura era imensa. Um novo reino começa a se esboçar: “- Por milagre? de mão e palma e pele.”.

A essa altura, Augusto, Haroldo de Campos e Décio Pignatari já publicavam em sua própria revista, intitulada “Noigandres”, palco para alguns desses poemas em seu segundo número (1955). O termo Noigandres foi retirado de um poema provençal de Arnaut Daniel. Por muito tempo, sua tradução foi considerada um mistério, até que o provencialista alemão Émil Levy propôs que o significado de enoi gandres seria “afugentar o tédio”. O verso “l’olors d’enoi gandres”, um perfume que afasta o tédio. Os poetas concretos ficaram conhecidos como grupo Noigandres, em uma alusão ao maior poeta-inventor, eternizado por Dante como “il miglior fabbro” em seu purgatório (Purgatório, XXVI). Make it new: criar, recriar, transformar. Invenção é o lema.

Poetamenos é constituído por poemas avulsos, cartazes em até seis cores diferentes, alojados em uma capa-caixa, onde se encontram o título, o nome do autor e a data dos poemas (1953-1973). Primeira concretização da poesia concreta. Algo muito diferente começava a ganhar espaço.

Dias dias dias [3] faz parte dessa coleção. O primeiro contato já adverte ao leitor de que terá de encontrar outros códigos para lidar com esse novo objeto. As palavras são espacializadas na folha de papel. A sintaxe convencional é abandonada como guia. Cinco cores diferentes são indicadoras de outros caminhos, verticais, que sugerem simultaneidade.

O som é quem dá o tom nessa série: o livro começa com um prefácio explicativo da técnica utilizada para compor o poema. Trata-se de uma premissa musical, um diálogo com a “melodia de timbres” de Webern, em que “uma melodia contínua é deslocada de um instrumento para outro, mudando constantemente sua cor” (CAMPOS, Augusto, 1973). As frases são fragmentadas, as vozes se multiplicam. Temos, em verde, “dias dias dias / esperança / de um só dia / expoeta expira: / sphynks e / gypt y g”; em vermelho, “sem / uma / linha / minh / a / mor / amemor/ es IA e / se stertor / AR / ticula / ohes NÃO”; em laranja, “se / segur / sos / se / só / segúramor”; em azul, ahcartas / n ao p artas / – E avião voas? / – Heli s sim sem ar / fim confim sim / far par avante / separamante / tele / – Urge t g b sds vg filhazeredo pt”; em amarelo, “L EMBRAS / DEMIMLYG / OH SE ME / LEMBRA E QUANTO”.
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Caetano Veloso musicou e gravou esse poema em 1973, desdobrando sua potencialidade musical. A polifonia weberniana, recriada em cores e em disposições gráficas, volta a ser som em uma interpretação de Caetano, que – a partir de um comentário de Augusto – a enlaça à Volta de Lupicínio Rodrigues. Este poema ganhou uma versão em videoclipe, que pode ser acessada no YouTube.

Em O Reino Menos o Reino, percebíamos a vontade / necessidade de uma forma de expressão poética nova. O deserto, pensado retrospectivamente, era o poeta que recusava o vigente e ainda não havia começado a construir seu reino. O vazio da pré-criação. Vemos o processo de gestação da poesia concreta. A negatividade, a economia de recursos, a linguagem exata, a lapidação em pedra dura, o trabalho com os significantes, tudo isso começa a se desenvolver, tanto em discurso metafórico, quanto em novas tentativas formais. A busca do novo caminho começara. Em Poeta Ex-Pulmões, a invenção gráfica já se destaca com mais ousadia. Poetamenos é pura ousadia. A construção do poema se apresenta como poema. Cartas, esperas, amor, pressa, comunicação difícil: a composição do poema já é, forma e conteúdo, a aflição do amor à distância, “dias dias dias”. Poetamenos apresenta o que antes o poeta negava possuir, ou seja, a concretização de um novo reino.

O cenário da literatura brasileira mudou radicalmente a partir do movimento da poesia concreta, fundado por Augusto, Haroldo de Campos e Décio Pignatari. Uma proposta totalmente inédita foi apresentada, encantando alguns e encolerizando tantos outros. Ultrapassando os conhecidos limites da poesia, a tríade propunha a apropriação e a utilização de recursos das artes visuais e sonoras na construção do poema. Queriam – e faziam – uma poesia “verbivocovisual”. Apesar da resistência dos passadistas, e apesar também do término do movimento concreto nos fins da década de 60, um novo caminho foi aberto para a poesia.

Dizer [4], de 1983, apresenta a questão da construção do poema dentro desse outro universo.
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O poema, dividido em três partes, reafirma a poesia da negatividade e da economia que encontramos em O Rei Menos o Reino. Também leva a perceber a persistência de Augusto no caminho aberto pela poesia concreta, não mais ativa como movimento, mas ainda potente como proposta poética. Lemos: “DESA / PARE / SER”; “CRIAR / SEM / CRER”; e “QUANTOMAIS / POETAMENOS / DIZER”. O último bloco contém letras menores e mais claras, tornando visualmente concreto aquilo que o poema afirma: em prol de sua eficiência estética, o poeta (o poetamenos) tem de desaparecer, criar sem crer (no reino da metafísica, que ficou para trás? No futuro? Em si? Em tudo isso junto?), dizer pouco para potencializar a “fala da fala”, o poema-criatura.

Mas a utilização de letras maiores em uma das palavras de cada bloco é uma indicação do poema de que existem mais coisas entre o céu e a terra do que… O poema tem mais a dizer, ou melhor, a mostrar, como um puzzle, que se revela mais sinuoso do que parecia. Seguindo as três palavras destacadas, temos: “SER / SEM / DIZER”. O poeta, antes desaparecido, reaparece difuso, confuso ele / poema. Ele / poema “ser sem dizer”. Sem segredos d’alma, sem discursos ideológicos, sem ornamentos: mostrar-se. Desaparecer para ser. Reaparecer como outro: o poema-coisa.

Quanto menos o poeta diz mais o poema é, e mais, com ele, se pode dizer. Com a ressalva de que é imperativo que a escolha econômica das palavras e a montagem da estrutura sejam funcionais esteticamente, ou seja, que sejam capazes de provocar a experiência estética no leitor. É preciso ser multipoeta, poeta de todas as artes, para concentrá-las e potencializá-las em estrutura(s) icônica(s), que atiça(m) a curiosidade do leitor e que, laconicamente, o convida(m) a construir seus possíveis sentidos.

Em Mímesis e Modernidade (1980), Luiz Costa Lima faz distinção entre dois tipos de mímesis: a mímesis da representação e a mímesis da produção. A primeira imperou até o início da modernidade, sustentada pela crença na metafísica, na vontade de recuperar, na arte, uma “essência” do objeto; a segunda surge como possibilidade a partir do chamado fim da metafísica, quando a arte pôde se autonomizar em relação a uma essência ilusória, e se apresentar como fenômeno. Quase todos os poemas de Augusto de Campos ecoam, em seu modo de construção, a teoria de Costa Lima a respeito da mímesis de produção. O poema, que, ao invés de representar ideias ou emoções, se faz coisa, se apresenta como enigma e como solução: é a leitura da estrutura do poema que revela… sua própria estrutura. Mas não é uma tarefa de Sísifo. Quanto mais o leitor se detém sobre a obra e entra em contato com o jogo de sua produção, mais relações de sentido ele vai formando. Sendo, o poema fala para quem quiser “ouvê-lo”. Mas é preciso preencher lacunas, porque ele diz pouco, enquanto, insinuantemente, se mostra.

Como marco do surgimento da presença desse novo tipo de mímesis, Costa Lima cita o poema Un Coup de Dés, de Mallarmé. Lançado em 1897, esse poema foi também de extrema importância para Augusto de Campos e para seus companheiros, que viram ali uma proposta da articulação gráfica inovadora de grande interesse. Precursor da poesia visual contemporânea, Mallarmé é também tema / personagem do poema de Augusto TVGRAMA I – Tombeau de Mallarmé [5], de 1988.

O texto, entremeado de cruzes e / ou de antigas antenas de TV, insere Mallarmé em um quadrado, como em uma tela de televisão. Ironia ter, como túmulo, o símbolo do império da era da imagem: “ninguém te lê / tudo existe para acabar em TV”. A crítica é contundente. Angústia: a imagem atrelada à televisão, à difusão da diluição em massa, tão distante do silencioso caminho da reflexão crítica que os livros propõem, seria um caminho possível? Angústia: o aproveitamento da imagem ligada à poesia, seria ela um outro deserto para a poesia?

A poesia experimental de Augusto, que então já havia se transformado em cartões pop-up, cubogramas, e holografias, se mostrou muito eficiente em forma de videoclipe. É impressionante o modo como a angústia se transforma em impulso produtivo na obra de Augusto de Campos. Sem saída, ele cria sem crer. Desde os anos 90, Augusto vem fazendo experiências com o computador, no intuito de desdobrar as potencialidades da poesia concreta nesse novo meio. As características da poesia “verbivocovisual” eram propícias para uma apresentação em tela, e ainda se acrescentaria, a ela, a possibilidade do movimento. As tentativas foram um sucesso.

TVGRAMA 1 – Tombeau de Mallarmé foi um dos primeiros poemas a ganharem versão para vídeo (1990). Deserto, areia, pó, cinzas, fênix: sempre renascida, sempre recriada. Make it new! Na época, o poema foi mostrado no documentário para a TV Cultura de São Paulo: Mallarmé renasce pelas antenas da TV, as mesmas que se confundem com cruzes em seu tombeau. O espaço para poesia na televisão é o menor possível, mas, sem dúvida, sua performance foi decisiva. Duas versões desse poema podem ser encontradas no YouTube.

Ainda no mesmo documentário, temos o vídeo (1993) do segundo poema da série, “TVGRAMA 2 (antennae of the race)” [6] , de 1979.

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As frases estão emaranhadas em uma rede de “T”s e “V”s: “SOBRE AS TELHAS VELHAS / BERNART DE VENTADORN / EM VEZ DE COTOVIAS / ENTREOUVIDAS APENAS / ENTREVÊS ENTRE VIDEOS / BENTEVIS NAS ANTENAS”. A voz do poeta provençal Bernart de Ventadorn, assim como de sua cotovia (uma metonímia da poesia, indicada pelo poema mais famoso de Bernart, “Quant vey la lauzeta mover”, literalmente, “Quando vejo a cotovia mover”) são engolidas pela TV. Entreouvidos, apenas, nas entrelinhas do poema, perdem seu espaço para os “bentevis”, que, pela carga de seu nome, simbolizam a força da era da imagem e do vídeo.

As antenas da raça, antennae of the race, eram, para Ezra Pound (divulgador da poesia provençal), os artistas, aqueles capazes de captar e divulgar e questionar as mudanças do mundo com maior perspicácia e rapidez. As antenas de televisão surgem reivindicando violentamente esse papel. Em TVGRAMA 2, a poesia ainda resiste nas entrelinhas. A presença constante da preposição “ENTRE”, entremeada às palavras (inclusive na grafia escolhida para bem-te-vi), reforça a imagem do emaranhado de frases e de (antenas de) T.V.s. E sugere que a cotovia de Bernart de Ventadorn ainda pode ser entreouvida – e entrevista – não somente apesar do novo império, mas dentro dele. TVGRAMA 2 tem sua versão em vídeo no YouTube.

Augusto publica seu TVGRAMA 3 [7] (2007), na revista on-line “Errática”, www.erratica.com.br . No terceiro poema da série, não encontramos mais referências a poetas. No quadrado azul da tela, a linguagem da televisão impera. O jogo com a preposição “entre”, que ainda entrelaçava poesia e televisão em TVGRAMA 2, permanece aqui exclusivamente no domínio dessa última (“entre um zap e outro zap”). As palavras em inglês lembram interjeições da programação massificante e violenta da TV. Ao mesmo tempo, eis a programação da TV (“shit fuck trash crap”).
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O poeta desanima, o poema ainda resiste. A voz da resignação e da derrota diz: “não há quem escape”, e, como quem não escapa, se junta à “galera”. É a apatia e a resignação provocadas pelo excesso da televisão: intoxicação.

Em TVGRAMA 3 a poesia emudece em meio à uma TV overdose. Mas ela ainda é. “ser sem dizer”: a força da era da TV é enorme, mas o poema é ardiloso. Em uma leitura vertical, em meio a fragmentos, na última coluna a ser transpassada, incita seus companheiros de viagem a não se entregarem: “zap crap ESPERA rap ACABE ERA ESCAPE GALERA”.

No site da “Errática”, encontramos também duas versões do poema para o inglês. Nestas últimas, perdemos a possibilidade de minha leitura otimista vertical. Mas esse poema já faz parte de uma outra era. Na verdade, ele já escapou. Sem dúvida alguma, a tela é mais um campo conquistado, mas a TV não é um veículo em sintonia com a poesia. Como percebeu Augusto, a tempo de fazer um poema-erratum e completar a série, a tela da internet é o novo espaço para make it new mais uma vez. As condições propícias do vídeo já tinham sido testadas e aprovadas para o tipo de poesia que Augusto de Campos produz. A divulgação das obras e o retorno da crítica são eficientes: cria-se uma rede de pessoas interessadas que transitam pelas revistas e fazem busca em sites à procura de poesia.

Na revista “Errática”, além do TVGRAMA 3, encontramos também o TVGRAMA 4 – Erratum, um diálogo com o primeiro poema da série, que o retifica. A estrutura de TVGRAMA 4 repete a do primeiro, “Tombeau de Mallarmé”, com uma grande diferença: as cruzes / antenas do primeiro desaparecem e o texto se entremeia, como em TVGRAMA 2, às letras “T” e “V”. O bem-te-vi e a cotovia podem finalmente conviver no mesmo espaço sem maiores problemas: a televisão foi descartada, mas o vídeo se confirmou como um ótimo suporte para sua poesia em outro meio, a internet. O texto, uma recriação do primeiro, confirma a nova posição do poeta: “ah mallarmé / a poesia resiste / se a tv não te vê / o cibercéu te assiste / em quicktime e flv / já pairas sobre os sul / tudo existe pra acabar em youtube”.

Uma busca no YouTube sobre Augusto de Campos, e se pode ter a certeza de que sua poesia conquistou definitivamente mais um campo. Além dos poemas, é possível ver trechos de shows de poesia, vídeo e música, apresentados por Augusto e por seu filho Cid Campos. Os shows, mais campos. Poemas-arautos metamórficos anunciam que esse reino não parece ter fronteiras: é uma imensidão de campos verdes a perder de vista, prontos para serem semeados. Rosa de amigos. E “l’olors de noigandres”.

 

 

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Referências Bibliográficas:

CAMPOS, Augusto de.  O REI MENOS O REINO, São Paulo, edição do autor, 1951.

________. POETAMENOS (1953), 1ª edição na revista­livro “Noigandres” nª 2, 1955,                    São Paulo, edição dos autores (2ª edição, São Paulo, Edições Invenção, 1973).

________. DESPOESIA (1979-1993), São Paulo, Perspectiva, 1994.

COSTA LIMA, Luiz. MIMESIS E MODERNIDADE: FORMAS DAS SOMBRAS. Rio de Janeiro: Graal, 1980.

Revista Errática: www.erratica.com.br .

YouTube: www.youtube.com .

 

 


[1] CAMPOS, Augusto. “O rei menos o reino, I” em O Rei Menos o Reino, 1951.

[2] Idem. “O rei menos o reino II” em O Rei menos o Reino, 1951.

[3] Idem. “Dias dias dias” em Poetamenos, 1953.

[4] Idem. “dizer” em DESPOESIA, 1994.

[5] Idem. “TVGRAMA I – Tombeau de Mallarmé” em DESPOESIA, 1994.

[6] Idem. “TVGRAMA 2 (antennae of the race)” em DESPOESIA, 1994.

[7] Idem. “TVGRAMA 3” em Revista Errática, www.erratica.com.br

 

 

 

 

 

 

 

 

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Cristina Monteiro de Castro Pereira é Mestre em Literatura Brasileira e Doutora em Literatura Comparada, ambos pela UERJ. Suas pesquisas e publicações envolvem a Poesia Concreta, a obra de Augusto e de Haroldo de Campos, e de Dante Alighieri. E-mails: cristinamonteiro@globo.com ou cristina-monteiro@uol.com.br




Comentários (2 comentários)

  1. LUIS SERGUILHA, EXCELENTE TEXTO…FABULOSA INTERROGAÇAO??/
    20 março, 2012 as 3:37
  2. Raíra Maia, Texto esclarecedor sobre a poesia “de quebrar dente” do nosso Augusto de Campos, ao fazer um panorama da palavra poética augustiana desde sua poesia linear, passando pelos momentos pré-concretistas até os poemas mais recentes. Leitura muito prazerosa!
    20 março, 2012 as 22:53

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