Elogio da literatura e do imaginário


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As quatro dimensões da arte

A literatura está para a imaginação assim como a música está para o tempo, a arquitetura para o espaço e o entretenimento para o virtual.

Talvez não em ordem cronológica ou ontológica, mas em ordem de importância, o imaginário seria a primeira dimensão da arte, possivelmente a primeira dimensão humana; o virtual, a última – a mais desumana?

 

Ouro-de-tolo

É possível que o virtual derive sua pobreza, seu automatismo – seu status fantasmal –, do fato de não pertencer à ordem do dado (given), mas da ordem do criado. Como consequência ou não dessa limitação (uma limitação gnóstica ou demiúrgica; para a maioria, herética), das quatro dimensões da arte, ele seria, contra o senso comum, a mais limitada, uma vez que dá o máximo (de conteúdo) pelo mínimo (de esforço), sendo o máximo só superfície, simulacro, ou, se se preferir os irmãos Grimm a Baudrillard, ouro-de-tolo.

 

A superioridade indisputável da literatura

A superioridade indisputável da literatura (ou da poesia, afinal toda grande literatura, toda grande arte, é poesia) está simplesmente – não havendo nada simples nisso – no fato de ela usar, moldar e estimular no mais alto grau a dimensão do imaginário.

 

Argumento indisputável a favor da primazia do imaginário sobre as demais dimensões artísticas

Tente imaginar o contrário 😉

 

 

 

 

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Fábio Romeiro Gullo é escritor, tradutor, crítico literário e artista multimídia, com textos e trabalhos visuais publicados em sites, blogs e revistas eletrônicas. A maior parte do seu trabalho esté reunido em seu blog, http://fabioromeirogullo.blogspot.com.br/. É nativo de Santos, litoral paulista, onde nasceu (1980) e vive com esposa e filhos. E-mail: romeirogullo@gmail.com




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