Aos 84 anos, Augusto de Campos lança livro inédito


“Outro” é dedicado a seus companheiros de Noigandres: Haroldo de Campos, Décio Pignatari, José Lino Grünewald e Ronaldo Azeredo. Por que a menção a eles? Como avalia a contribuição do grupo para a literatura brasileira?

AUGUSTO: Dediquei “Profilogramas“, livro comemorativo dos meus 80 anos, aos artistas visuais com quem convivi. Deles, apenas Judith Lauand e Alexandre Wollner estão vivos. É natural que nesta quadra da vida queira lembrar os poetas do meu “inner circle“ que já se foram. Décio, abalado pelo mal de Alzheimer nos últimos dias, dizia, relembrando os tempos vibrantes das discussões literárias e artísticas dos anos 50 e 60: “Movimentos movimentam.” Prefiro não fazer a avaliação da contribuição do nosso grupo para a literatura brasileira, tendo sido um participante dele. Direi apenas que quase toda a intelligentsia brasileira apostou contra ele. Em parte, ainda é contra ele. Certa vez, diante do muro de negação com o qual nos defrontamos durante meio século ao lado de minoritários aplausos, eu escrevi que a poesia-bumerangue-concreta, depois de exportada, iria recair em cabeças duras. Está aí. A outros cabe avaliá-la. Mas vão ter de engoli-la. “Movimentos movimentam.”

 

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