A desatenção se instala para além


A desatenção se instala para além: muito Além, Jericoacoara[i]


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Em 1982 o escritor Carlos Emílio Corrêa Lima[ii] lança sua obra Além, Jericoacoara (O Observador do Litoral). Esse é seu segundo livro, seu segundo romance. Na verdade, esse é seu romance-poema. Tendo como base para o método de análise crítica do romance aqui em questão a obra do filósofo francês Gaston Bachelard, mais especificamente a sua A Poética do Espaço (1974), pode-se compreender algumas considerações relevantes acerca da obra de Carlos Emílio que, sem sombra de dúvidas, está “esquecida” pela critica literária. No entanto, os fatores para esse “esquecimento” possuem fundamentos compreensíveis de ser apontados. Como a questão da circulação da obra literária de forma geral – que não será aprofundada aqui como deveria ser – e, também, das características da crítica literária contemporânea brasileira.

Bachelard é fundamental, pois através de sua fenomenologia como método crítico de análise, têm-se mais amplas possibilidades de considerações acerca do romance-poema aqui em questão estudado. Ou seja, as confrontações de resultados, de percepções, de admiração, de aprofundamento, são mais consistentes e reais. Pois não se deseja cair em um erro e que diz respeito à atuação da crítica literária contemporânea em atuação vigente. No entanto, trataremos disso mais adiante.
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O Romance-poema

Um observador que observa um litoral. O litoral da praia de Jericoacoara[iii]. O rochedo, o povoado, as dunas, a aurora, as nuvens, as ondas, a arquitetura, as falas, os gestos, os objetos, enfim e, sobretudo, as pessoas dessa localidade são observadas pelo “narrador principal” do romance-poema Além, Jericoacoara (O Observador do Litoral)[iv] de Carlos Emílio. O chamado “narrador” se posta em um espaço pelo qual ele capta tudo aquilo que seus olhos podem apreender.

Esse meu diamante me serve de microscópio e de telescópio. Talvez ele seja mais do que tudo isso. Seja o ar circulando como do volteio de mãos aéreas. Não é sólido. Não é mágico. É puro, incosubstancial, é além do espírito e é mil vezes a minha tentativa calma de recapturar os viventes, depois de tantos séculos. Sim, os viventes se movem. Ainda se moviam quando eu ainda não os observava (LIMA, 2000, p. 14).

Dessa forma, aquele que passa a mirar o povoado do litoral através de seu “diamante aéreo”, de seu “barco” ou de sua “casa”, definida como “um templo incólume do tempo dos ventos”, revela-o pelo olhar. No entanto, não se sabe se esse observador: está perto das pessoas comuns e litorâneas (e, por isso mesmo, atuando ativamente entre e com eles), ou até mesmo se ele apenas – ao longe –, através de seu olhar descritivo, revela toda a gente do povoado de Jericoacoara dando singularidade aos seus gestos, vozes e feitos, possibilitando ao leitor uma verdadeira viagem imaginativa[v]. Assim, um exemplo característico do romance-poema pode ser visto entre as páginas 48 e 51 da segunda edição: um “rapaz que veio da floresta”, uma moça “que veio do mar”, um noivo, um coro, animais e o observador. Esse rapaz é Gabriel, um dos personagens, que é levado por um grupo de meninos para um local. O local é uma igreja, “a igreja dos adolescentes”. No altar, o noivo recebe a moça que “veio do mar”, ela está montada em um cavalo e nua. Enquanto isso, as crianças tiram todas as roupas de Gabriel, jogam pássaros brancos em roda, ascendem fósforos; galinhas, gatos e outros meninos veem de cima do telhado a realização do casamento. Enfim:

a noiva, o noivo, o vento, o rapaz da floresta, nus no altar do amor da nave da igreja dos ecos dentro do contemplar das crianças da cidadezinha da noite de todas as constelações (…). O amor unido ao amor do amor. Os três formando uma flor, uma flor de aromas no ar (…). O pão, o vinho, o mar e a luz. O altar da nudez. A floresta e o mar. (LIMA, 2000, p. 51)

O que não se pode passar despercebido é que o observador cósmico que perpassa por todo esse romance-poema está presente aqui, nesse momento da narrativa, e ele vê tudo “por uma fresta no telhado cheio de mato, de ervas”. Não se pode negar que a captação imaginária profunda que o leitor tem ao ler tal momento não será realizada pela descrição e análise aqui feita. Outra destacável afirmação que aqui podemos pensar, é que esse momento da obra (o casamento) é profundamente composto por características proveniente do cinema, comparado a traços presentes do cinema surrealista, mais especificamente a Frederico Fellini em seu filme Satyricon (1969). O profano e o religioso, o corpo e o espírito, o pão e o vinho, a pureza, o sexo, a inocência, a natureza, o fogo, são indiscutivelmente interligados, surrealisticamente situados. E isso só é possível, acredita-se, no caso do romance-poema, ao fato de o observador através de seu olhar, estar, também, presente nesse momento acima referido. Dando, portanto, uma conotação mítica ao fato, o observador pode ser visto como um deus, um deus que revela a essencialidade humana em todas as instâncias, com todos os seus afetos, atos, dizeres, gestos. Isso também não nos censura de afirmar que esse mesmo deus invocado em Além, Jericoacoara (O observar do litoral) prometa aos seus observados uma condição teleológica de futura salvação. Porque eles, os homens, detém um castigo, e esse castigo é a sua própria angústia, a da humanidade. E também há a certeza da morte, a afirmação de que em algum instante a humanidade, em suas particularidades, os homens, morrerá. Isso parece invencível, mas a presença o deus-observador torna tal circunstância reversível.

O escritor cearense Carlos Emílio soube mesclar tais características ao ponto de tornar aquele observador, que pelo seu olhar inscreve e descreve a revelação puramente humana de seus personagens, em um verdadeiro ser mítico e que ninguém, nem leitor nem os personagens, sabe quem ele é, suas definições em todos os sentidos. Apesar de que em algumas circunstâncias esse narrador-deus interage com os personagens como, por exemplo, no caso de Gabriel.

O jovem Gabriel se encontra na beira-mar com seu amigo Lin ouvindo música. Gabriel, entretanto, ouve um outro tipo de música, a música do litoral. Assim, ele parece predeterminado para algo, pois sua postura modifica-se, nesse momento. Segundo o narrador-deus, Gabriel precisa ir até o mar, pois “se ele fizer um gesto em falso, se ele continuar escutando a música à força, contrário à sua atenção que se extravasa ameaçadora do centro do violão, ele morrerá”. Precipitado em uma “correnteza de si mesmo”, Gabriel está psicologicamente indefinido, apenas o narrador-deus, o observador, sabe o que ele tem que fazer: ir até o mar, pois lá algo será revelado não apenas para ele, mas também para toda a humanidade. Nesse novo estado sensorial e espiritual de Gabriel, que pode ser tido como uma espécie de “possessão”, ou simplesmente o fato dele estar bêbado, ou até mesmo imbuído de substâncias alucinógenas, ou algo que não se sabe ainda, ele sofre uma espécie de visão, uma vez que Gabriel “ouve a música, vê as imagens, os leões nos céus, as formas dos castelos, dos reis, dos monstros, das bestas transmigrando para sempre para o nunca mais acima do mar”. E acrescenta o narrador-observador:

Registro em minhas lunetas nossas de todo o mundo em círculo ao redor da ilha verde o movimento de Gabriel até o mar, o que ele vê é máxima produção de angústia de todo o universo no espaço do mar. São as nuvens da humanidade, criadas por todos os pensamentos do mundo, o impacto total saindo pela fenda, os universos quase no ponto de se chocarem. Sinto. Tudo vibra (LIMA, 2000, p. 53).

Há contato entre “o observador do litoral” e Gabriel, isso é inegável.

Todo o peso do universo está no corpo de Gabriel dançando, estremecendo seu corpo suavemente. Ouço a litania, o canto, a voz desprendida, vejo toda a beleza se irradiando dele. Ele pressente-me, vê minha imagem por detrás dessas nuvens que passam, que têm que passar. Ele me vê, suas lágrimas deslizam. Todo o ferro desfaz-se, ele vê, o meu sorriso por detrás das nuvens róseas do terror. Boiando no céu sobre o mar (LIMA, 2000, p. 53-54)

É afirmativo considerar que o ser observador é o guia de Gabriel em sua caminhada até o mar. Ele é o seu salvador, busca salvá-lo, porque o ama. “Amo-o, o amarei”, afirma. Ambos, Gabriel e o deus-observador precisam cantar juntos, necessitam estar diante do mar e cantar, pois, assim, todo o perigo de morte, de angústia, de desordem, passará. E é o que se dá:

O perigo todo passou. A onda bate na praia. Sua voz e a minha cantam em coro a canção diante do mar depois da passagem de todas as dinastias em suas nuvens suspensas transmigrando sobre todo o mar. Mas não projetavam sombras na superfície das águas, mas já não vibravam, apenas passavam, passavam… (LIMA, 2000, p. 54).

Realiza, dessa forma, o escritor Carlos Emílio, em seu romance-poema Além, Jericoacoara (O observar do litoral), uma linguagem poética avançada: o imaginário é dominado e estruturado de forma encantada ao seu leitor. Bachelard propõe que a “verdadeira viagem da imaginação é a viagem pelo país do imaginário” e que, além do mais, para o filósofo “a imanência do imaginário no real, é o trajeto contínuo do real ao imaginário” (BACHELARD, 1990, p. 4).

Destarte, há um aprofundamento no romance-poema para as causas humanas e sua essencialidade. Há, indiscutivelmente, um problema proposto por Carlos Emílio (consciente ou inconscientemente) acerca das coisas humanas. Bachelard questionava-se:

Como o acontecimento também singular e efêmero que é o aparecimento de uma imagem poética singular pode reagir – sem preparação alguma – sobre outras almas, sobre outros corações apesar de todos os empecilhos do senso comum, apesar de todos os pensamentos sábios, felizes por sua imobilidade? (BACHELARD, 1974, p. 342-343).

Partindo da ideia de que esse texto em si não é múltiplo, mas algo único, pois trata do ser humano em sua profundidade, tem-se que destacar uma questão: o romance-poema de Carlos Emílio foi publicado em 1982 e republicado em 2000. Desde sua primeira edição ele foi referido em apenas dois momentos: em Leitura e Conjuntura (1984) de Dimas Macedo e em Panorama do Conto Cearense (2005) de Nilto Maciel. Ambos são escritores cearenses, portanto, pode-se afirmar que as alusões à obra de Carlos Emílio não ultrapassou o espaço geográfico do estado do Ceará.

Tomar uma postura de análise que não esteja presa à qualquer tipo de teoria, é libertar-se para o âmago do texto em si. Poderia muito bem caber aqui: Roland Barthes, Pierre Bourdieu, Vicente Jouve entre outros. No entanto, como foi visto, a proposta foi outra. Tratar o texto como não-múltiplo não nos prende à multiplicidade que permeia o atual campo da crítica literária contemporânea, segundo Fabio Akcelrud Durão em seu ensaio na revista Cult chamado Crítica da multiplicidade (2013). Para Durão, o interpretar, atestando e confirmando uma teoria, através da crítica da multiplicidade, é um lugar-comum na crítica atual brasileira.

O que se pretende nesse artigo é apreender a possibilidade de uma singular e profunda análise de uma obra, e que tal análise não seja considerada como autoritária, mas essencial e completa em seu interior. Usando as palavras de Bachelard, pode-se captar o que realmente se entende por crítica: “Sentimos que a atitude “objetiva” do crítico sufoca a “repercussão”, recusa, por princípio, a profundidade, de onde deve tomar seu ponto departida o fenômeno poético primitivo” (BACHELARD, 1974, p. 346). A “repercussão”, segundo Bachelard, é aquela sensibilidade fenomenológica pela qual o ser é aprofundado em sua própria existência, o poema é nosso, “parece que o ser do poeta é nosso”. Por isso o pensamento do já citado filósofo francês, acredita-se, proporciona uma análise distinta das obras literárias como um todo. No caso do romance-poema aqui estudado do escritor cearense Carlos Emílio, isso foi necessário pelo próprio caráter de sua obra. Uma obra que está interessada nas causas profundas do ser, do ser humano e, até mesmo, da humanidade, merece uma análise que possibilite emergir tal interesse. Uma obra que, usando as palavras de Gaston, determina “um verdadeiro despertar da criação poética na alma do leitor” (BACHELARD, 1974, p. 345).

É interessante também observar que não houve desejo de suprimir a imagem do escritor, e também não se desejou tornar os enunciados aqui feitos num algo maior que a própria obra do literato Carlos Emílio. Um posicionamento contrário a esse é tido como uma característica fundamental da crítica contemporânea brasileira, segundo Akcelrud Durão.

Tratando disso tudo acima relatado, é que podemos pensar nos motivos reais do “esquecimento” acerca da obra de Carlos Emílio C. Lima, Além, Jericoacoara (O Observador do Litoral), apesar de alguns pontos já terem sidos destacados. Luís Antônio Giron é jornalista e escreve às quintas-feiras no site da revista Época. E num artigo publicado em 12 de setembro de 2013, ele afirma que: não houve nenhum grande romance no Brasil os últimos 20 anos; nenhum autor gera discussão, revolta, escândalo, enfim. Acrescenta ainda que há ausência de assunto nas obras literárias contemporâneas, nem há estilo, nem qualidade. Além do mais ele diz que nós, brasileiros, “sofremos de superprodutividade e hiperatividade”. No entanto, o certo é que a própria utilização do verbo “sofre” na afirmação gera incômodo e, “superprodutividade” não diz respeito a uma condição de sofrimento. Produzir, portanto, não é uma característica maléfica para o vasto campo literário brasileiro, ou seja, a produtividade é um ponto positivo. Enquanto a qualidade das obras, que Giron põe em questionamento, cabe ao papel da crítica funcionar, pois é essa que tem uma espécie de “missão” para selecionar aquilo que é qualitativamente considerável. Afirmar fixamente uma prerrogativa, uma análise da situação da literatura contemporânea brasileira de forma simplista e leviana é, indubitavelmente, um ato de irresponsabilidade e incapacidade de análise crítica aprofundada, visto que o colunista Luís Antônio Giron usa o método da generalização para fazer emergir um diagnóstico da literatura brasileira contemporânea. Luís Antônio Giron escreve às quintas-feiras, e parece não estar atento às suas próprias afirmações. Busca unicamente legitimar seu pensamento acerca das atuais obras literárias, mas não cita sujeitos (escritores). É um texto sem sujeitos. Ou, considerando a “literatura contemporânea” como o seu sujeito, e levando em consideração que essa é vastíssima porque produz muito. Pode-se concluir que essa vastidão quantitativa da literatura não pode, consideravelmente, ser criticada (analisada) em poucas páginas ou até mesmo numa coluna de um site.

O presente artigo buscou, sobretudo, propor uma análise crítica de uma obra que possui seu valor, qualitativamente falando. Isso só foi possível pelo desprendimento do mecanicismo do atual (preponderante) instrumento de estudo da literatura brasileira, principalmente, segundo Fabio Akcelrud Durão, no âmbito acadêmico. Em sua crítica ao pensamento da multiplicidade, ele afirma que essa multiplicidade “funciona assim com um óleo lubrificante, não só para a maquinaria universitária, como para a indústria da cultura como um todo”. Destarte, os temas abordados pela literatura são amplos: felicidade, amor, paixão, glória, ódio, sonho, decepção, fidelidade, luta, verdade, universo, homem, natureza, realidade, sociedade, etc. Todos podem vir mesclados entre si e com as características singulares de cada autor em seu processo de criação. Negar e não levar em consideração isso é errôneo.

Analisar Além, Jericoacoara (O Observador do Litoral) é um ponto de partida que revela a situação, também, de inúmeras obras literárias que não recebem suas críticas necessárias nos meios comuns de onde provém essa mesma crítica. Dizer isso não é afirmar que todas essas obras “esquecidas” são semelhantes em suas qualidades, mas sim que o movimento dessa crítica até o contato com tais obras literárias não acontece de forma ampla. Por isso, a incompreensão se instala, pois não se pode aceitar que a qualidade de uma obra seja relegada pela incapacidade da crítica literária contemporânea exercer sua função; além do mais, há fatores como circularidade da obra (divulgação) e mercado editorial (que caberia uma discussão mais longa) que infelizmente reforça a situação de “esquecimento” de algumas peculiaridades literárias do Brasil contemporâneo.

 


[i] Trabalho apresentado no I Encontro Nacional de Estética, Literatura e Filosofia, realizado na Universidade Federal do Ceará nos dias 18, 19 e 20 de setembro de 2013 com o título Imaginação e Incompreensão em Além, Jericoacoara (O Observador do litoral), de Carlos Emílio Corrêa Lima.

[ii] Carlos Emílio Barreto Corrêa Lima nasceu em Fortaleza em 24 de fevereiro de 1956. É autor de oito livros[ii]. Carlos Emílio é mestre em Literatura Brasileira pela Universidade Federal do Ceará. Além do mais ele tem sido editor de inúmeras publicações, como: revista O Saco Cultural, Cadernos RioArte, jornal Letras&Artes, revista triangular Arraia Pajéube e foi correspondente da revista espanhola El Passeante no Rio de Janeiro (cidade essa na qual morou muitos anos). Como ativista cultural foi idealizador do programa Rodas de Poesias no Centro Cultural Dragão do Mar, em Fortaleza; e também um dos idealizadores do CEP 20.000 no Rio de Janeiro. Desse modo, portanto, o leitor desse trabalho sentir-se-á situado cada vez mais com o autor em si, suas produções literárias e culturais. Publicou os livros de contos: Ofos (Nação Cariri Editora, 1984) e O Romance que Explodiu (Editora da Universidade Federal do Ceará, 2006), Solário (livro de contos, publicado no site Cronópios de Literatura). Publicou também os romances: A Cachoeira das Eras: A Coluna de Clara Sarabanda (Editora Moderna, 1979), Além Jericoacoara (O Observador do Litoral) (Nação Cariri Editora, 1982), Pedaços da História Mais Longe – com prefácio de José J. Veiga e apresentação de Bráulio Tavares (Editora Impressões do Brasil, 1997), Maria do Monte: O romance inédito de Jorge Amado (Tear da memória Editora, 2008). Tem sua dissertação de mestrado publicada, o livro ensaístico Virgílio Várzea: os olhos de paisagem do cineasta do Parnaso (coedição da Editora da Fundação Cultural de Santa Catarina e da Universidade Federal do Ceará, 2002).

[iii] A praia de Jericoacoara fica no município de Jijoca, no estado do Ceará. Ver mais em: http://www.jijocadejericoacoara.ce.gov.br/hist%C3%B3ria-de-jijoca-de-jericoacoara.

[iv] Trataremos especificamente de sua segunda edição no ano 2000.

[v] Gaston Bachelard em O ar e os sonhos (1990) afirma que a verdadeiro poeta é aquele que proporciona ao seu leitor uma viagem; o poeta, o verdadeiro poeta “quer que a imaginação seja uma viagem”.

 

 

 

 

Referências bibliográficas

BACHELARD, Gaston. A Poética do Espaço. In: Os Pensadores XXXVIII. 1. ed. São Paulo: Abril Cultural, 1974.

______. O ar e os sonhos. Tradução de Antonio de Pádua Danesi. São Paulo: Martins Fontes, 1990.

DURÃO, F. A. Crítica da multiplicidade. Cult. São Paulo, n. 182, p. 34-37, agosto de 2013.

GIRON, Luís Antônio. Pobre romance brasileiro. Disponível em: http://epoca.globo.com/colunas-e-blogs/luis-antonio-giron/noticia/2013/09/bpobre-romanceb-brasileiro.html. Acesso em: 16 de setembro de 2013.

LIMA, Carlos Emílio Corrêa. Além, Jericoacoara (O Observador do litoral). 2. ed. Fortaleza: quê?editora, 2000.

MACEDO, Dimas. Leitura & Conjuntura. Fortaleza: Sec. de Cult e Desporto do Ceará, 1984.

MACIEL, Nilto. Panorama do Conto Cearense. Fortaleza/Brasília: Editora Códice, 2005

 

 

 

 

 

 

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Raul V. Ávila de Agrela é poeta e contista. Cursa História na Universidade Federal do Ceará.  Tem dois livros inéditos: “Dezesperamor” de poemas e “Eu mesmo eu e outras direções” de contos. E-mail: raul.agrela@hotmail.com

 

 




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