O QUE É A POESIA?


Curadoria e mediação: Edson Cruz.
Domingo, 26 de agosto, 16h.

O poeta e editor Edson Cruz convidou poetas de várias linhagens para refletirem sobre o fazer poético. O resultado transformou-se em livro, mote para estas diálogos.

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26 de agosto, 16h
Francisco Alvim

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O que é a poesia para você?

Tudo.

O que me leva a outra pergunta: o que fazer para tirar um som da poesia que cada tudo traz em si.

O que um iniciante no fazer poético deve perseguir e de que maneira?

Os originais: ouvir a si mesmos. Defender contra tudo e contra todos a faculdade que têm de aprender com eles mesmos. Um único cuidado: não se enganar quanto a serem realmente originais. Os menos originais: ler, ler até muito além da exaustão, a ponto de se perguntar: o que pretendo com isso? Qual o significado disso? Sentir que a resposta perdeu toda a importância –  e prosseguir.

Cite-nos 3 poetas e 3 textos referenciais para seu trabalho poético. Por que destas escolhas?

São muito mais que três. Na realidade, são todos os poemas de que gosto. Como você me pediu três, aí vão: Drummond – O relógio do Rosário; Manuel Bandeira – Cotovia; Paul Valéry – Valvins.

Porque são o som da poesia dos tudos lá de cima.

 

 

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Francisco Alvim nasceu em Araxá, MG, 1938. Poeta e diplomata, começou a escrever poemas ainda na adolescência. Durante a juventude, vive períodos no Rio e em Belo Horizonte, e, em 1953, acaba por se fixar no Rio de Janeiro. Ingressa na Faculdade de Direito da Universidade do Distrito Federal, atual Universidade do Estado do Rio de Janeiro (UERJ), mas interrompe o curso em 1963, quando entra para o Instituto Rio Branco, formando-se no ano seguinte. Inicia a carreira diplomática em 1965, e três anos depois estreia em livro, com Sol dos Cegos (1968). Entre 1969 e 1971 atua como secretário da representação do Brasil junto à Unesco, em Paris, cidade onde escreve parte dos poemas de Passatempo (1974). De volta ao Brasil, integra-se ao grupo Frenesi, que constitui a primeira leva dos chamados “poetas marginais”. Em 1978, lança Dia sim dia não, com Eudoro Augusto. Seus livros saem em edições artesanais até 1981, quando a editora Brasiliense lança a reunião Passatempo e Outros Poemas. Pelo Itamaraty, atuou como cônsul-geral do Brasil em Barcelona e em Roterdã, na Holanda, e ainda como embaixador na Costa Rica. Em 2000, lança Elefante, livro muito bem recebido pela crítica. Em 2011, lança O metro nenhum, pela Companhia das Letras.

 

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